Trabalhou no Projeto da mudança da capital de Minas Gerais, de Vila Rica para Curral Del Rei, ocasião que conheceu Célia Gomes Pereira, que mais tarde tornou-se sua esposa. Ela nasceu em 18/10/1880 no Rio de Janeiro, filha de Luiz Gomes Pereira e Salvadora G. Gomes Pereira, tiveram seis filhos: Lourdes(+), José, Lygia, Margarida, Ester, Altair.
Quando Belo Horizonte passou a ser capital de Minas, foi fundada na época a Escola de Direito, Sr. João do Amaral Franco, como era uma pessoa inteligente, não foi difícil ser um dos alunos a frequentar o 1° ano, e, em 1905, a escola inaugurada formou então os seus primeiros advogados, sendo ele um deles. Formou-se em 27 de novembro de 1905, para completar sua alegria nasceu neste dia sua filha, Margarida do Amaral Sathler.
Pretendendo seguir a carreira, e para tal começou pela promotoria, foi-lhe oferecido esse cargo em três cidades da Zona da Mata: Muriaé, Carangola e Manhuaçu. Escolheu Manhuaçu pelo seu clima.
Chegando em Manhuaçu em 1906, com toda a família, sendo que um dos filhos, Ester do Amaral Franco, estava com apenas três meses. Como pessoa que tinha muitas amizades, foi recebido por diversos cavaleiros fora do centro da cidade 6.600m, por ter acontecido na ocasião uma das maiores enchentes registradas, e a viagem de Carangola a Manhuaçu estava sendo com muita dificuldade, o que amenizou as agruras da viagem. Entre eles havia o ilustre médico Dr. César Leite.
Procurou sempre fazer o bem, conseguindo até que fosse feita a limpeza dos barris da cadeia, porque não existiam sanitários na cadeia, causando assim um mal cheiro terrível, porque a limpeza só era feita depois que esses barris enchessem. Mas com sua influência foi feita a limpeza todos os dias.
Por ocasião do Natal, foi realizada uma festa para os presos na cadeia, e o Sr. João fazia questão de levar seus filhos. Havia um louco preso com correntes que passou a só obedecer a sua esposa, ela então mandava trazê-lo para o chafariz para apanhar sol.
Em 1908 legalizou diversas uniões maritais (conjugais), registrando os filhos como legítimos.
Homem humilde, sempre ajudou os necessitados, hospedando-os num quartinho que tinha no fundo da sua casa, pessoas que ele mal conhecia, fazendo ele próprio curativos e sua filha Margarida ajudava também, como filha bondosa, sabe o quanto seus pais ajudaram, são exemplos que não esquece jamais.
João do Amaral Franco, foi assassinado barbaramente em sua residência, situada na rua que hoje leva seu nome, em 06/01/1916. Crime que tirou de Manhuaçu uma ilustre pessoa.
Em Ata da Câmara Municipal, consta que em janeiro de 1916, mesmo mês em que fora assassinado, Dr. Amaral Franco havia assumido a função de Presidente e Agente Executivo da Câmara Municipal.
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