JOÃO BRACKS
João Bracks, nasceu em 10 de agosto de 1901, em Zarly, no Líbano. Filho de Ackel Bracks e de Assima Wlugi Bracks, teve sete irmãos: Azis, José, Maria, Nicolau (falecido aos 33 anos acidente de carro), Josefina, Olga e Julieta.
Em 1912, antes da 1ª Guerra Mundial, portanto com 11 anos de idade, veio com sua família para o Brasil instalando-se na cidade do Rio de Janeiro por três anos.
Seu pai, seminarista e chefe político no Líbano, deixou suas terras entregues a um Bispo de uma Igreja no Líbano e veio somente com dinheiro, sedas e especiarias para o Brasil, onde, no Rio de Janeiro, teve a ajuda de alguns primos proprietários de uma loja onde lhe era permitido vender suas mercadorias.
Sua mãe, Assima, cidadã de Damasco, foi educada por freiras francesas e ensinou ao filho João, o francês e o árabe. Após três anos no Rio de Janeiro, residiram três anos em Carangola. Ali, João foi alfabetizado em português, onde não concluiu nem mesmo o curso primário.
Vieram todos para Manhumirim e se radicaram definitivamente, onde seu pai Ackel Bracks se estabeleceu no comércio de cereais, bebidas, etc.
No final da guerra de 1914, por volta dos remotos idos de 1918, João Bracks foi para o Rio de Janeiro, onde filiou-se a uma expedição de jovens libaneses, no exército francês, indo participar da 1ª Guerra Mundial.
A França havia recebido a missão de proteger os cristãos do Líbano que estavam lutando na guerra, e como João Bracks dominava o idioma francês e árabe, foi convidado para a missão.
Viajou clandestinamente nos porões do navio, pois tinha apenas 17 anos.
Seus pais não tinham conhecimento do fato e puseram-se a procurá-lo; obtendo notícia, no Consulado francês, de sua participação guerra, como voluntário.
Ficou na Europa até 1921; voltando para o Brasil. Aqui chegando, trabalhou como viajante. Naturalizou-se brasileiro, tomando oficialmente a data de nascimento, o dia 29 de agosto de 1904.
Por volta de 1930, voltou para Manhumirim, onde associou-se ao irmão Nicolau numa loja de tecidos.
Em 1934, ele, seu pai e irmãos entraram como sócios em uma fábrica de móveis, posto de gasolina e serraria.
Em janeiro de 1963, foi hospitalizado em Belo Horizonte e submetido a uma cirurgia de próstata.
Antônio Edmundo, seu primogênito, o acompanhou.
No dia seguinte, quando regressava à Manhuaçu, teve sua vida interrompida por um trágico acidente de automóvel. Desde então, João Bracks, interrompeu também suas atividades sociais, políticas, filantrópicas, arrendou seus negócios, comércios, etc. Passou a viver da amargura da perda de seu dileto filho.
Em 1965, foi advertido pelos médicos que deixasse o cigarro, pois iniciava-se um processo de infecção pulmonar.
Em 1973, deu entrada no Hospital César Leite, aos 24 dias do mês de maio, vindo a falecer no dia 9 de junho do mesmo ano, de enfisema pulmonar.
Foi sepultado no cemitério local, num sábado, 10 de junho, às 16 horas.
João Bracks tem, hoje (1995), para dar continuidade ao seu sobrenome: quatro netas e um neto: Luciana Bracks Pinheiro, Cristiana Bracks Pinheiro, Emanuella Bracks Fernandes Rodrigues, Thiago Bracks Fernandes Rodrigues e Tatiana Bracks Pinheiro.
Edição: Thomaz Júnior
Fonte:
_MANHUAÇU DE ONTEM E SEMPRE; Márcia Reguete de Barros, Adeuslyra Corsetti e D. Ilza Campos Sad. Câmara M. de Manhuaçu/ Presidente Glauco Nascimento de Macedo, 1995.
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