sábado, 25 de fevereiro de 2023

Colisão entre veículos no centro de Manhuaçu

Na madrugada deste sábado, 25/02, por volta de 4h, um veículo GM Corsa colidiu com um VW Gol estacionado à Rua Antônio Wellerson, no centro de Manhuaçu, nas imediações do nº 56, próximo à agência do Bradesco. 

Com o acidente, houve derramamento de combustível e de óleo no asfalto. 

Acionada, a equipe da 2ª Cia. do Corpo de Bombeiros Militar compareceu imediatamente para a prevenção de incêndio, explosão e de outros acidentes, como a derrapagem de outros veículos. Ninguém se feriu.

De acordo com informações iniciais levantadas pelos agentes de segurança, no carro GM Corsa havia mais ocupantes, além do motorista. Todos evadiram-se, antes da chegada das autoridades. 

A Polícia Militar  e a Perícia da Polícia Civil compareceram ao local para as ações de praxe, visando a apuração do fato. 

O guincho foi acionado para a retirada dos veículos, que ficaram muito danificados com a colisão. 


Thomaz Júnior / tribunadoleste.com.br






Personalidades de Manhuaçu: Lutfalla Abdalla Fadlalla

Lutfalla Abdalla Fadlalla, nasceu em 23 de novembro de 1893, em Fuara, um povoado a 5 km de Beirute, Líbano. Filho de pequenos proprietários, eram muito ligados ao cultivo de trigo e fabricantes de seda, dedicou-se a estas tarefas durante a juventude até ser iniciado nos serviços de construção e cantaria (pedra lavrada para construções).

    Seu nome de origem libanesa, vertido para o português significa o servo, a graça e gentileza de Deus. 

    O Sr. Lutfalla teve dois irmãos: Jorge, que permaneceu no Líbano, e Salim, o primeiro a emigrar para o Brasil. Casou-se aos 21 anos com Nabiha Checralla Feres.

    Em 1914, três meses antes da primeira guerra mundial, recebeu uma carta do irmão Salim animando-o para vir morar no Brasil, país cujo povo    Lutfalla elogiava e admirava. Sua pátria excessivamente afetada pelas desavenças políticas entre muçulmanos e cristãos, dificultando assim a sobrevivência dos que lá moravam.

    Fascinado pelas possibilidades de trabalho e cansado das infrutíferas lutas na terra natal, viajou para o Brasil.

    Reuniu-se ao irmão em Simonésia, dedicou-se a diversos trabalhos, instalando e vendendo máquinas para beneficiamento de café.

    Sr. Feres Dumiche, comerciante influente, contratou seus serviços de ferreiro, e o Sr. Lutfalla radicou-se definitivamente em Manhuaçu. Passados então dois anos, Lutfalla montou sua própria oficina mecânica. Fabricou até um portal de ferro para o prédio onde funcionou o Banco Hipotecário e Agrícola de Minas Gerais, (atual Palácio da Cultura), na Av. Salime Nacif. 

    Sr. Lutfalla foi um homem que muito lutou pela sua sobrevivência, patriota que foi, ligou seus ideais à terra adotiva. O Brasil para ele, é como se fosse sua pátria, tornando-se centro de suas esperanças.

    Personalidade forte e com grandes visões, sua atuação política foi moderada, apoiando a candidatura e eleição do Dr. Cordovil Pinto Coelho a prefeito pelo     Partido Republicano Mineiro. Em 1927 e 1928, restringiu suas intervenções neste campo e envolvimentos e predileções políticas menos vistas.

    Para o desenvolvimento da cidade de Manhuaçu, contribuiu muito com sua atuação firme e inteligente. 

    Em 1953 foi designado pelo prefeito Salime Nacif para decidir onde ficaria situado o campo de aviação da cidade. 

    Foi feito um convite pelos engenheiros Dr. Maggioli e Dr. Accyoli, para o Sr. Lutfalla participar dos estudos, da implantação da Rodovia 262 Belo Horizonte-Vitória. Construiu duas pontes: a ponte próxima Ginásio, e a ponte da baixada. 

    Em 1942 instalou a primeira fábrica de artefatos de cimento de Manhuaçu, "Fábrica de Ladrilhos Rochedo", sito à Rua Leandro Gonçalves.

    Na época, foi encarregado das obras de escoamento da construção da rodovia Rio-Bahia. Seu conhecimento da topografia e fluxo urbano, levaram o Professor Hiram de Carvalho, o promotor Silvino Silva e a Professora Pearl-White Slaib, a consultá-lo, a fim de escolher um local mais apropriado para a Construção do prédio da Escola Estadual de Manhuaçu, cuja construção acompanhou ao lado do engenheiro do Estado, responsável técnico. 

    O desempenho foi tão grande que, em 1970, foi condecorado com gratidão e louvor pela Diretoria do colégio. 

    Residiu em Manhuaçu sessenta anos, o Sr. Lutfalla teve 7 filhos: Abdalla Lutfalla, Anice Lutfalla de Mello, Fadlalla Lutfalla, Regina Lutfalla, Linda Abdalla Fonseca, Mary Lutfalla e José Lutfalla. Teve 22 netos e 06 bisnetos.


    Lutfalla Abdalla Fadlalla exerceu por longos anos a profissão de mecânico e construtor civil. Homem com muita garra, trabalhou até os seus 89 anos de idade, não abandonou o trabalho, e procurou sempre um tempinho para cuidar de suas plantas. Foi pioneiro assentador de despolpador e secadores de café no município de Manhuaçu, tendo como adquirentes os Srs. José Camilo de Avelar Sobrinho e Teócrito de Almeida Pinheiro. 

    Foi um homem de caráter forte, agradável e integrado à alma da cidade e de seus filhos. Faleceu em 25/07/1992 viveu com dignidade dando grandes exemplos para nossa comunidade. 


    Receba nossas homenagens.


Fonte: 

_MANHUAÇU DE ONTEM E SEMPRE; Márcia Reguete de Barros, Adeuslyra Corsetti e D. Ilza Campos Sad. Câmara M. de Manhuaçu/ Presidente Glauco Nascimento de Macedo, 1995.


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Personalidades de Manhuaçu: Professor Juventino Ferreira Nunes

 PROFESSOR JUVENTINO FERREIRA NUNES


Professor Juventino Ferreira Nunes, nasceu em Itamarandiba no dia 16 de novembro de 1884, filho de Américo Ferreira Nunes e Maria Fernandes Souza Nunes. Ficou órfão aos 7 anos de idade, sendo criado e educado pelos avós maternos. Concluiu o curso primário em Itamarandiba e os cursos Ginasial e de Magistério em Diamantina.

Diplomado, começou a lecionar no Grupo Escolar, onde recebia vencimento irrisório e minguado, que não dava para cobrir as despesas mensais.

Devido às dificuldades, o prof. Juventino abriu uma pequena farmácia que lhe proporcionou lucros e melhores condições de vida. Casou-se com Maria Soares, moça prendada e alegre, filha de Antônio Soares e Francisca Romana Bicalho. Seus filhos: Maria Batista, Maria Vicentina, Maria da Mercês, Maria da Trindade, Maria Stael, Maria do Carmo, Salvio, Ciro, Celso. 

Prof. Juventino Nunes foi nomeado Diretor de um dos Grupos Escolares de Salinas (MG), sabendo que nesta cidade ocorriam disputas políticas e ataques violentos, não se intimidou e tomou posse do cargo. 

Instalando com ele sua família em uma casa ampla e confortável, na Praça Principal da cidade denominada João Pessoa (homenagem dos Salinenses ao bravo Presidente da Paraíba assassinado em 1930). Sua família com pouco tempo adaptou-se com o povo daquela região, contribuindo até para o congraçamento fraterno os animados bailes, festas e reuniões sociais que aconteciam quase sempre em sua residência, prof. Juventino sempre foi uma pessoa dinâmica, às vezes quando comparecia em bailes ele até tocava violão e flauta e também cantava.

Foi uma época muito difícil para ele e sua família em Salinas, mas sempre mantinham-se discretos às divergências entre os politiqueiros, por haver naquela ocasião grandes disputas entre os partidos políticos.

Com o passar do tempo, prof. Juventino foi obrigado a mudar de Salinas para Belo Horizonte, por motivos de política, inveja e até mesmo tentativa de morte. 

Depois de consultar a família e ouvir amigos, Juventino adquiriu com algumas economias e empréstimo bancário, o prédio e os direitos educacionais do Ginásio Evangélico, fundado pelo Reverendo José Martins de Almeida Leitão e que havia deixado de funcionar por falta de recursos.

Surgiu então o Instituto Ginasial e Comercial de Manhuaçu, reconhecido pelo Decreto nº 20.158/32. 

Com uma divulgação inteligente, ampla e bem conduzida o novo educandário chegou a matricular em pouco tempo cerca de quinhentos alunos, em regime de externato e internato.

Ele era um pai muito correto, de voz firme e sempre que precisava chamar a atenção de seus filhos era sempre na base do diálogo e o castigo era a leitura.

Nessa luta do dia-a-dia, sua esposa D. Maria Soares, conhecida como D. Zinha, desenvolvia, desde cedo várias tarefas: dava ordens, distribuía múltiplas atividades, fazia compras, fiscalizava a alimentação servida aos alunos do internato, etc.

No dia 4 de agosto de 1937, D. Zinha, a esposa virtuosa, inspiradora e confidente de dezenas de anos, acometida, inesperadamente, por fulminante distúrbio cardiovascular, passou a viver em outra dimensão, deixando em prantos os seus familiares e de luto a coletividade manhuaçuense.

Com a morte súbita de sua esposa, Juventino tentou conformar-se, mas em vão, o golpe desferido pela fatalidade tinha sido forte demais e deveria deixar consequências imprevisíveis. 

Com o passar do tempo, foi agravando o estado de saúde do Prof. Juventino, vindo a falecer no dia 03/11/1938 aos 54 anos. 

Depois de cinco anos, os despojos de Maria Soares e Juventino Nunes foram traslados para a Quadra 31, do Cemitério do Bonfim em Belo Horizonte.



Fonte: 


_MANHUAÇU DE ONTEM E SEMPRE; Márcia Reguete de Barros, Adeuslyra Corsetti e D. Ilza Campos Sad. Câmara M. de Manhuaçu/ Presidente Glauco Nascimento de Macedo, 1995.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Diretoria do Circuito Pico da Bandeira tem representação de Manhuaçu

Em recente solenidade, ocorrida em São Francisco do Glória, foi empossada a nova diretoria do Circuito Turístico Pico da Bandeira, que integra 22 cidades da região. 

Manhuaçu passa a ter maior representatividade junto à entidade com a participação do Secretário Municipal de Cultura e Turismo, Daniel Vieira Ferreira, como membro da Comissão Executiva, integrando a Diretoria do Circuito como Secretário-Adjunto.

Sobre expectativas nesta nova gestão, Daniel evidenciou que ‘entramos na diretoria do Circuito Turístico Pico da Bandeira, que tem como Presidente o Sr. Wallace Pedrosa, Prefeito de São Francisco do Glória, juntamente com todos os demais membros. Nesta nova fase, convidamos a todos os empresários, especialmente da rede hoteleira e os taxistas, para abraçarem esta causa do desenvolvimento do turismo conosco. Temos, no entorno do Pico do Bandeira, cidades com potencial de turismo de negócios, como é o caso de Manhuaçu, de entretenimento e de outras modalidades, então precisamos ficar atentos a estas oportunidades’.  


Thomaz Júnior


domingo, 19 de fevereiro de 2023

Personalidades de Manhuaçu: Dr. José Fernandes Rodrigues

    José Fernandes Rodrigues, nasceu dia 6 de dezembro de 1914, na cidade de Viçosa, MG. Veio para Manhuaçu em companhia dos avós maternos, com apenas 2 anos de idade. 

Viveu na zona rural até completar oito anos, depois mudou para o Bairro do Coqueiro, em Manhuaçu. Como era uma criança muito inteligente, chegou até aprender as primeiras letras em italiano, ensinadas por seu avô, frequentou várias escolas particulares, vindo a concluir o curso primário no Grupo Escolar Monsenhor Gonzalez. Cursou o secundário na Escola Normal Oficial (E.E. Maria de Lucca Pinto Coelho 1.4.6.D.) inicialmente, concluindo-o no Instituto Propedêutico e no Ginásio Carangolense.

Como era de redação fácil, ainda quando iniciava o Curso secundário já participava de atividades jornalísticas, como colaborador, redator e diretor de semanários editados em Manhuaçu e cidades vizinhas, chegando mesmo a ter alguns de seus versos publicados por suplementos literários de jornais do Rio de Janeiro, Juiz de Fora e Belo Horizonte.

Embora tenha concluído o curso de Direito em 1943, desde 1941 já exercia advocacia, na condição de solicitador. 

Dentre as funções e cargos que exerceu, foi Secretário da Prefeitura Municipal de Manhuaçu, Auxiliar de Coletoria, Agente Fiscal, chefe de Gabinete da Secretaria da Educação, nas gestões dos Secretários José de Faria Tavares e Aureliano Chaves, sendo que ao primeiro teve a honra de substituir episodicamente nas funções de Secretário. Foi, ainda, componente do Gabinete do Governador Magalhães Pinto.

Exerceu os cargos eletivos de vereador à Câmara Municipal de Manhuaçu e foi suplente de Deputado, na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais.

Foi Presidente da APAE Manhuaçu (Associação de Pais e Amigos do Excepcional), entre os anos 1973 e 1974.

Integrou o quadro permanente de Advogados do Estado, chegando a Defensor Público Classe Especial, cargo no qual se aposentou. Todos os seus projetos e ideais fazia-os ardorosamente, seja como político ou advogado com escritórios instalados também em Abre Campo e Itapemirim, este no Estado do Espírito Santo.

Aos encontros promovidos pela Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Minas Gerais, 54 Subseção, Manhuaçu (MG), participava com destaque, como no período de 26 a 27 de junho de 1987, no qual foram conferencistas: Prof. Jair Leonardo Lopes, Presidente da OAB/MG e Dr. Tulhio Marques Lopes. Nesse período Dr. Agildo Ribeiro Campos era Presidente da 54ª Subseção da OAB/MG e Secretário, Dr. Salvio Fernandes Rodrigues.

Em Julho de 1987 a Câmara Municipal de Manhuaçu (MG), concedeu-lhe Moção Honrosa de autoria do Vereador Lino da Costa e Silva, pelos relevantes serviços prestados ao Município de Manhuaçu.

Dr. José Fernandes Rodrigues, faleceu após longa enfermidade, deixando viúva Vânia Nacif Rodrigues, 4 filhos e 5 netos.

Em homenagem póstuma, a viúva recebeu uma comunicação da Câmara Municipal de Manhuaçu cujo teor é o seguinte: Manhuaçu, terça-feira, onze de julho de 1989. Prezada senhora, com o presente, cumprimento a V. Sa, respeitosamente e valho-me do ensejo, para comunicá-la, que na Reunião Ordinária desta Câmara Municipal, realizada no dia 6 do corrente mês, foi aprovado por unanimidade, o Projeto de Lei de Autoria do Vereador Lino da Costa e Silva, que dá denominação de "Rua Dr. José Fernandes Rodrigues", o trecho da Rua Amaral Franco, nesta cidade, que se inicia na casa de n 482, da referida rua, indo até o início da Rua Antônio Welerson. Sendo o que somente tenho para o momento, com elevada estima e respeito subscrevo, atenciosamente. Rogério Filgueiras Gomes-Presidente.


Organização: Thomaz Júnior / foto: Galeria de Ex-presidentes da APAE Manhuaçu.


Fonte: 


_MANHUAÇU DE ONTEM E SEMPRE; Márcia Reguete de Barros, Adeuslyra Corsetti e D. Ilza Campos Sad. Câmara M. de Manhuaçu/ Presidente Glauco Nascimento de Macedo, 1995.


Estudantes de Manhuaçu recebem medalhas da Olimpíada Nacional de Eficiência Energética

 

Alguns nem concluíram o Ensino Fundamental II ainda, mas já sabem que o caminho para um mundo melhor é a sustentabilidade. E mais que isso: tomam atitudes conscientes no dia a dia e mostram que só com conhecimento e ação é possível tornar o futuro deles e das próximas gerações mais sustentável.

E todo esse empenho já tem trazido resultados positivos para 87 alunos, do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental II, de escolas públicas e privadas da área de concessão da Energisa Minas Rio, que foram medalhistas da 2ª Olimpíada Nacional de Eficiência Energética (ONEE 2022).

Em dezembro, a Energisa realizou uma cerimônia na sede da empresa em Cataguases, onde reuniu 57 medalhistas, das categorias Ouro, Prata e Bronze, de 14 escolas das cidades de Cataguases, Guiricema, Manhuaçu, Manhumirim, Muriaé, Tocantins, Ubá e Nova Friburgo. Todos os alunos foram reconhecidos com uma medalha e certificado, de acordo com a categoria.

À época, os 30 alunos do Colégio Tiradentes PMMG não puderam participar da cerimônia na cidade e receberam as medalhas nesta quarta-feira, 15 de fevereiro, na instituição de ensino.

A competição estimula as gerações atuais a protagonizarem a mudança necessária para frear o aquecimento global. “Nós estamos aqui para dizer que a responsabilidade por um mundo melhor é nossa. Não é só de jovens, alunos. Nós, da Energisa, estamos engajados em participar dessa transformação, e o uso sustentável da energia, sem desperdícios, é um dos caminhos pelo qual podemos contribuir”, ressaltou Fabio Lancelotti, diretor técnico da Energisa Minas Rio.

A ONEE 2022 é uma iniciativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), conta com a coordenação do Instituto da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) e com a realização de 34 concessionárias de energia que operam em 24 estados e no Distrito Federal. Entre elas, a Energisa Minas Rio.

 Quer saber mais sobre a Olímpiada, clique aqui.







quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Conselho avança com Plano Municipal de Desenvolvimento Rural em Manhuaçu

Em fase de elaboração, o Plano Municipal de Desenvolvimento Rural e Sustentável de Manhuaçu avançou, com a recente reunião do CMDRS (Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e Sustentável de Manhuaçu).

Entre os presentes, o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Manhuaçu, Marco Antônio Domingos; Presidente do CONSEA (Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional), Dayse Dias Muniz, e o Secretário M. de Agricultura, Sandro Tavares.

A expectativa do conselho é atualizar o documento para que ele seja votado e aprovado, o mais rápido possível, possibilitando um planejamento eficaz das ações a serem desenvolvidas para o bem-estar das famílias que residem no campo.

Nesta segunda-feira, 13/02, o conselho reuniu-se novamente, em caráter extraordinário, para prosseguir com a apreciação do Plano Municipal de Desenvolvimento Rural e Sustentável Manhuaçu.

De acordo com a Presidente do CMDRS, Águeda Diniz, a previsão é que na próxima reunião, marcada para o dia 06 de março, esta revisão seja concluída e o Plano colocado em votação, para aprovação ou não dos conselheiros.


Thomaz Júnior






segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Pioneiro dos livros didáticos em quadrinhos nasceu em Luisburgo

 QUADRINHOS ENTRARAM NA ESCOLA


Julierme de Abreu e Castro nasceu em Luisburgo, em 5 de setembro de 1931. Mudou-se com sua mãe para o Rio de Janeiro onde, após terminar os estudos de 1º e 2º graus no Colégio Baptista, tornou-se bacharel em Antropologia, Geologia, História e Geografia na Universidade do Brasil.

Julierme revolucionou o ensino de história com o livro História Geral para a Escola Moderna, escrito por ele e ‘quadrinizado’ pelo desenhista argentino Rodolfo Zalla.

O uso de quadrinhos na Educação transformou a obra de Julierme de Abreu e Castro e Rodolfo Zalla numa proposta inovadora na produção de livros didáticos, revolucionando o ensino mundial, sendo o primeiro livro do planeta que se tem notícia elaborado em quadrinhos, exclusivo para o ensino didático. 

Julierme nasceu em Luisburgo.

Esse livro fez tanto sucesso que, por alguns anos, foi adotado por cerca de 80% dos professores do Brasil, sendo exposto em bienais nos Estados Unidos, Europa e Japão.

Uma parte do livro remonta à colonização espanhola na América do Sul, assunto que até hoje é abordado em diversos concursos vestibulares.


FONTE: Jornal das Montanhas, edição de 15 de agosto de 2009.













domingo, 5 de fevereiro de 2023

Personalidades de Manhuaçu: Maria Lacerda de Moura

 Maria Lacerda de Moura Uma anarquista individualista brasileira

Por Adelaide Gonçalves¹ e Jorge Silva²

 

“Sou “indesejável”, estou com os individualistas livres, os que

sonham mais alto, uma sociedade onde haja pão para todas as

bocas, onde se aproveitem todas as energias humanas, onde se possa

cantar um hino à alegria de viver na expansão de todas as forças

interiores, num sentido mais alto – para uma limitação cada vez

mais ampla da sociedade sobre o indivíduo.”

Maria Lacerda de Moura

 

    Um dos temas da história do movimento operário e, particularmente, do anarquismo, que até hoje tem sido pouco pesquisado é o da presença feminina. Na história do anarquismo, e do socialismo no seu conjunto, a atuação das mulheres, mesmo não sendo rara, é significativamente menor do que a masculina. Existem razões de sobra que explicam esse fato. Em primeiro lugar, na composição do operariado que viria a gerar esses movimentos, a percentagem de mulheres foi, ao longo de muitas décadas, muito inferior à dos homens. Um fato ainda mais evidente nos círculos da intelectualidade independente que esteve associada ao nascimento das idéias socialistas. Por outro lado, a cultura familiar reacionária, ou revestida de valores conservadores, estava bem presente no mundo operário do século XIX e primeira metade do século XX, fazendo com que as mulheres acabassem, mesmo nos movimentos sociais, adotando - ou sendo empurradas em alguns casos - para uma posição subalterna, ligada a velhos preconceitos associados a idéias como “fragilidade feminina”, papel “maternal” das mulheres ou da sua “passividade”. 

    É certo que em muitos casos era tão-só a histórica divisão de papéis sociais que relegava as mulheres para uma função doméstica que contrariava, ou dificultava, a sua militância social. Talvez por isso, entre as mulheres que mais se destacaram no movimento anarquista, exista um número importante de personagens femininas que optaram por uma vida pessoal independente, onde o casamento e uma relação familiar mais tradicional, ou até a maternidade, foram recusadas em nome da liberdade e da autonomia. 

    Evidente que o papel das companheiras e cúmplices - sentimentais e de ideias - dos anarquistas, e dos militantes operários em geral, foi de tal forma relevante que constituiu, por si mesmo, uma destacada presença feminina no movimento. Ainda que um feminismo pseudo-radical, incapaz de situar histórica e culturalmente as relações de gênero, veja nessa relação ou em aspectos tradicionais das relações dentro das famílias dos militantes operários e anarquistas a prova irrefutável da manutenção de valores machistas e de sujeição das mulheres nos movimentos anti-burgueses. 

    A cultura operária anti-capitalista sempre procurou valorizar os direitos intrínsecos e específicos das mulheres. Era também comum, na imprensa e literatura libertárias, a crítica das instituições familiares, do casamento burguês e a defesa do amor livre3 , tematização que alguns pensadores individualistas chegaram a dar um relevo especial. Foi o caso de Emile Armand4 e Han Ryner5 . Mulheres libertárias, como Emma Goldman6 , também deram uma particular atenção ao tema. 

    Mesmo sendo assim, há que se reconhecer, a presença efetiva, marcante e autônoma das mulheres, no movimento operário e no anarquismo, foi limitada. O que não impediu que em alguns setores operários, particularmente no têxtil, tecelãs e costureiras tivessem um papel determinante na organização e nas lutas sindicais, a partir das quais se destacaram importantes militantes libertárias e socialistas que contribuíram para o anarcosindicalismo e para o sindicalismo revolucionário internacional. É no contexto da época e das sociedades onde desenvolveram sua militância que poderemos explicar as diferenças de presença, de importância ou de destaque entre mulheres e homens no movimento operário anarquista ou no movimento socialista em geral. Por essa mesma razão, não é de estranhar a ausência de um número mais significativo de teóricas do anarquismo e do socialismo, principalmente no século XIX. 

    Apesar de tudo isso, nomes como Mary Wollstonecraft7, companheira de William Godwin8 e precursora do feminismo, Flora Tristán9 , Louise Michel10 , Emma Goldman, Voltarine de Cleyre11 , Lucy Parsons12 , Tereza Mané13 , Federica Monteseny14 , May Picqueray15 , Giovanna Caleffi16 e Luce Fabri17 , deixaram profundas marcas nos movimentos sociais e no pensamento libertário de seus respectivos países. Em Portugal, alguns nomes se destacam: Miquelina Sardinha18 , Virgínia Dantas e Luisa Franco Adão. No Brasil, Edgar Rodrigues, na sua obra Os Companheiros, que reúne em cinco volumes uma ampla pesquisa biográfica de militantes anarquistas, lista o nome de 52 mulheres que tiveram especial relevância no movimento social, no período que vai do final do século XIX à metade do século XX. 

    Entre estas mulheres, Maria Lacerda de Moura merece um lugar à parte, não só pela sua personalidade combativa, pela sua múltipla atividade de escritora e conferencista, como pelo destaque que chegou a ter, não só no Brasil, como em outros países da América do Sul, tendo os seus textos divulgados em Portugal, na França e, principalmente, na Espanha.

    Nascida em Manhuaçu, Minas Gerais, a 16 de maio de 1887, desde jovem se interessou pelo pensamento social e pelas ideias anticlericais. Formou-se na Escola Normal de Barbacena, em 1904, começando logo a lecionar nessa mesma escola. Inicia então um trabalho junto às mulheres da região, incentivando um mutirão de construção de casas populares para a população carente da cidade. Participou da fundação da Liga Contra o Analfabetismo. Como educadora, adotou a pedagogia libertária de Francisco Ferrer Guardia19 . Após se mudar para São Paulo, começou a dar aulas particulares e a colaborar na imprensa operária e anarquista brasileira e internacional. No jornal A Plebe (SP) escreveu principalmente sobre pedagogia e educação. Seus artigos foram também publicados por jornais independentes e progressistas, como O Combate, de São Paulo e O Ceará (1928), de Fortaleza, de onde se extraiu o texto Feminismo? Caridade?, bem como em diferentes jornais operários e anarquistas de todo o Brasil.

    Em fevereiro de 1923, lançou a revista Renascença, publicação cultural divulgada no movimento anarquista e entre setores progressistas e livre-pensadores. A importância desta militante pode ser avaliada, entre outros, pelo fato de que, em 1928, jovens estudantes e trabalhadores paulistas terem invadido o jornal pró-fascista italiano Il Piccolo, como resposta a um artigo que caluniava violentamente a pensadora libertária. Na mesma época, Rachel de Queiroz20 polemizou acaloradamente, nas páginas d’ O Ceará, com um jornalista cearense que atacou Maria Lacerda. 

    Ativa conferencista, tratava de temas como educação, direitos da mulher, amor livre, combate ao fascismo e antimilitarismo, tornando-se conhecida não só no Brasil, mas também no Uruguai e Argentina, onde esteve convidada por grupos anarquistas e sindicatos locais. 

    Entre 1928 e 1937, a ativista libertária viveu numa comunidade em Guararema (SP), no período mais intenso da sua atividade intelectual, tendo descrito esse período como uma época em que esteve “livre de escolas, livre de igrejas, livre de dogmas, livre de academias, livre de muletas, livre de prejuízos governamentais, religiosos e sociais”. 

    Maria Lacerda de Moura pode ser considerada uma das pioneiras do feminismo no Brasil e uma das poucas ativistas que se envolveu diretamente com o movimento operário e sindical. Entre os seus numerosos livros destacam-se: Em torno da educação (1918); A mulher moderna e o seu papel na sociedade atual (1923); Amai e não vos multipliqueis (1932); Han Ryner e o amor plural (1928) e Fascismo: filho dileto da Igreja e do Capital (s/d). 

    O texto de Maria Lacerda de Moura que transcrevemos de seguida foi publicado no jornal independente O Ceará (1928), de Fortaleza, a pedido da então jovem escritora Rachel de Queiroz, que se consagraria como uma das grandes romancistas brasileiras contemporâneas. Esse texto expressa o pensamento de Maria Lacerda de Moura sobre o feminismo e sua visão anarco-individualista. Uma filosofia libertária bastante influenciada por Han Ryner, um pensador libertário original que se destacou em França como ativista anti-militarista, anti-clerical e defensor do amor livre. Outra influência notória no texto é a de Emile Armand. 

    É certo que ele não representa todo o pensamento da anarquista brasileira. Como todo militante, com larga atividade literária, passou por diferentes fases e sua reflexão abordou temas tão diversos como a guerra, o malthusianismo e a pedagogia libertária. 

    Polêmica na literatura e na militância, Maria Lacerda de Moura passou pela Maçonaria e pela Fraternidade Rosa Cruz, com quem rompeu denunciando-a como agente do nazismo. Atravessou algumas fases de maior envolvimento social e outras de isolamento, umas de otimismo e outras de declarado pessimismo. E, se no fim da vida, permanecia num certo pessimismo, isso deve-se certamente às divergências e rupturas que, no fim da década de 20, confrontavam anarquistas e comunistas ao mesmo tempo em que acontecia a ameaçadora ascensão do fascismo. No entanto, quando após a fundação do Partido Comunista dirigentes desse partido, fizeram várias tentativas para aliciá-la, a pensadora libertária recusou-se a abandonar sua visão de mundo, mantendo até ao fim da vida o seu anarquismo individualista21. 

    Maria Lacerda de Moura é praticamente desconhecida no Brasil, onde um certo feminismo parece querer ocultar aquela que seria uma das primeiras e mais importantes ativistas das causas das mulheres, mas que nunca reconheceu no Estado, no Direito e no acesso profissional burguês a sua causa. Na verdade, isso acontece porque, antes de tudo, via generosamente a luta feminista como parte integrante do combate social compartilhado igualmente por homens e mulheres engajados na luta pela eliminação de toda exploração, injustiça e preconceito. Talvez por isso mesmo, ela seja ainda um símbolo incômodo para toda a sociedade conservadora, até para o atual conservadorismo feminista, mero arrivismo social de classe média em busca do seu lugar ao sol no Estado e no capitalismo, tal como o foi para as sufragistas da classe média e das elites do seu tempo. A militante anarquista morreu em 1945, no Rio de Janeiro.

Notas: 

1 Historiadora e professora da Universidade Federal do Ceará. 

2 Doutor em nada, militante anarquista e colaborador da imprensa libertária 

3 Giovanni Rossi (1856-1943), idealizador da Colônia Cecília fundada em 1891 por anarquistas italianos no sul do Brasil, chegou a escrever o livro Un Episodio d’amore nella Colonia Cecilia, onde analisa a sua experiência pessoal de um amor plural e as dificuldades de superação das relações e moral convencional numa comunidade libertária. 

4 Emile Armand (1872-1963).Um dos mais importantes militantes anarquistas individualistas franceses. Autor de L’ Iniciation Individualiste Anarchiste e Anarquismo e Individualismo. 

5 Han Ryner (1861-1938). Pensador e escritor anarquista individualista francês nascido na Argélia. Pacifista, anticlerical e defensor do amor livre. Autor de O Pequeno Manual Individualista e de O Quinto Evangelho, exerceu grande influência sobre Maria Lacerda Moura, mais visível no seu livro Han Ryner e o Amor Plural, de 1933. 

6 Emma Goldman (1868-1940). Militante e pensadora anarquista de origem russa, emigrou para os EUA em 1886. Em 1919 foi expulsa para a Rússia, mas logo teve de abandonar o país por discordar do que denominava a evolução autoritária da Revolução Soviética. Viveu em vários países e teve um importante papel no apoio à Revolução Espanhola de 1936. Viria a falecer no Canadá. 

7 Mary Wollstonecraft (1759-1797). Ativista libertária inglesa, companheira de William Godwin e autora do livro precursor do feminismo Vindicatin of the Rights of Woman, editado em 1792. 

8 William Godwin (1756-1835). Considerado um dos primeiros pensadores anarquistas modernos foi o autor do livro Investigação Acerca da Justiça Política, editado em 1873. 

9 Flora Tristán (1803-1844). Libertária, de pais peruanos, nascida em Paris. Preocupada com o problema social, engajou-se nas lutas operárias e escreveu, em 1843, a União Operária, uma das primeiras propostas de organização internacional dos trabalhadores. 

10 Louise Michel (1833-1905). Professora e militante anarquista francesa. Participou da Comuna de Paris e acompanhou de forma ativa o crescimento do movimento operário e do anarquismo francês. 

11 Voltairine de Cleyre (1866-1912). Uma das mais ativas agitadoras e oradoras anarquistas americanas, colaborou na revista Mother Earth e destacou-se por tratar dos temas referentes às mulheres e ao amor livre. 

12 Lucy Parsons (1853-1942). Militante operária e anarquista americana. Companheira de Albert Parsons, um dos mártires de Chicago, continuou sendo uma ativa militante operária até ao final da sua vida, dando destaque aos temas da mulher e do racismo. 

13 Teresa Mané (1865-1939). Militante anarquista e professora, ficou conhecida pelo pseudônimo de Soledad Gustavo, foi companheira de Federico Urales e mãe de Federica Montseny, que constituíram uma das famílias mais ativas no movimento anarquista espanhol. 

14 Federica Montseny (1905-1994). Uma das mais conhecidas militantes anarquistas espanholas. Militante da CNT, durante a Revolução de 1936 integrou o governo republicano como ministra da saúde, por decisão majoritária, embora polêmica do movimento anarquista. 

15 May Picqueray (1898-1983). Anarquista individualista e ativa pacifista francesa. 

16 Giovanna Caleffi (1897-1962). Militante anarquista italiana, companheira de Camilo Berneri, assassinado pelos estalinistas em Barcelona. Continuou sua militância em Itália até morrer. Sua filha Maria Louise Berneri, foi também militante anarquista. 

17 Luce Fabri (1908-). Ativa militante anarquista uruguaia ainda viva, filha de Luigi Fabri (1877- 1935) um dos mais ativos anarquistas italianos deste século. 

18 Miquelina Sardinha (1902-1966). Professora e militante anarquista portuguesa, companheira de Francisco Quintal (1898-1987) ativo militante anarco-sindicalista. 

19 Francisco Ferrer y Guardia (1859-1909). Pedagogo e militante anarquista espanhol que desenvolveu os princípios da Escola Moderna baseada no ensino misto, laico, crítico e científico. O seu método e filosofia de educação espalharam-se por diversos países entre os quais o Brasil. O movimento operário, principalmente o anarcossindicalista, criou escolas nos sindicatos baseadas no pensamento de Ferrer. Francisco Ferrer viria a ser fuzilado, em 1909, em razão das suas ideias e da sua militância social. 

20 Rachel de Queiroz (1910-). Romancista e cronista brasileira nascida no Ceará. Autora dos romances: O Quinze; João Miguel; Caminho das Pedras e Memorial de Maria Moura, entre outros. Esteve próxima às posições trotskistas e hoje gosta de se definir como “uma anarquista doce”. 

21 Embora no livro de Míriam Leite, Outra face do feminismo, se tente provar a aproximação de Maria Lacerda de Moura do Partido Comunista, Otávio Brandão, dirigente comunista da época, e ex-anarquista, desmente na sua autobiografia, Combates e Batalhas (São Paulo: Alfa-Omega, 1978), que a sua tentativa tenha resultado. 

Bibliografia consultada: 

- Combates e Batalhas, Otávio Brandão. São Paulo: Editora Alfa-Omega, 1978. 

- Os Companheiros (vol 1 a 5), Edgar Rodrigues. Florianópolis: Editora Insular, 1997-1998. 

- Os Libertários, Edgar Rodrigues. Petrópolis: Editora Vozes, 1988. 

- Outra Face do Feminismo: Maria Lacerda de Moura, Míriam Lifchtitz Moureira Leite. São Paulo: Editora Ática, 1984. - Jornal O Ceará, Fortaleza, 1928

 

FONTE: Revista UTOPIA, Revista Anarquista de Cultura e Intervenção, nº 09, 1999. 

Jornal das Montanhas, edição de 15 de agosto de 2009;


Pesquisa: Thomaz Júnior.










 

sábado, 4 de fevereiro de 2023

Solenidade da Associação de Polícia Mirim marcará abertura de atividades de 2023

Solenidade especial, com palestras e outras atividades, marcará a abertura das atividades de 2023 para a APM (Associação de Polícia Mirim de Manhuaçu).

O evento acontecerá na manhã deste sábado, às 7h45, com concentração dos jovens na Escola Municipal São Vicente de Paula (antigo CAIC), de onde seguirão para o salão da Igreja CEIFA, na Rua Mascarenhas de Morais, no Bairro São Vicente. 


Thomaz Júnior



sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Grupo Pérola Negra será atração do 2º Encontro de Afromineiridades em BH

O grupo manhuaçuense Pérola Negra será o único na Zona da Mata a participar do 2º Encontro de Afromineiridades nesta sexta e sábado, 03 e 04 de fevereiro, em Belo Horizonte.

Com o objetivo de dar continuidade às ações de fomento, circulação e visibilidade aos grupos culturais de raízes afro existentes no estado, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG)  realiza o 2º Encontro Estadual das Afromineiridades. O evento que tem o apoio da Fundação Clóvis Salgado (FCS) e do Conselho Estadual de Política Cultural, acontecerá nos dias 3 e 4/2, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, e na Praça da Liberdade. Os ingressos gratuitos podem ser retirados no Eventim.

Haverá apresentações de música, dança, exposição, cortejo, oficina e palestra. Estão previstos para a abertura no Grande Teatro: os cantores Ruby, Janamô e Black Dom, O Terno de Congo de Ilicínia, o Terno de Catopê de Bocaiuva, o Terno de Moçambique de Azurita – Mateus Leme, além da Folia de Reis de Coronel Xavier Chaves. O Grupo de dança Afro Pérola Negra de Manhuaçu, a capoeira com Grão Mestre Dunga e a Tenda Pai Joaquim do Congo de Aruanda – Terno do Congo Real de Ituiutaba também estão confirmados.



“Um dos desdobramentos importantes do programa Afromineiridades é este momento de encontro, celebração e apresentação das culturas afro-mineiras para o público de Belo Horizonte. O Encontro Estadual das Afromineiridades reforça o compromisso do Governo de Minas na valorização e no reconhecimento das expressões de matriz afro que são patrimônio cultural do nosso estado”, pontua o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira. “É extremamente enriquecedora a presença dessas expressões no Palácio das Artes, uma vez que exerce a democratização do acesso a esse importante espaço, enquanto também nos instiga a estabelecer um intercâmbio cada vez mais necessário entre as comunidades do interior e os grupos da capital”, completa Oliveira.

A presidente do Iepha/MG, Marília Palhares Machado, destaca também importância da continuidade do projeto para a sociedade mineira. “Além de realizar essa 2° edição do Encontro Estadual das Afromineiridades, nós vamos definir os próximos passos do projeto por meio da análise dos trabalhos desenvolvidos pelos municípios em 2022 dentro do Programa do ICMS critério do patrimônio cultural. Nossa expectativa é a de corrigir a história da sociedade mineira dando visibilidade à contribuição da cultura negra na sua formação, além de poder reconhecer a potencialidade e a força da cultura negra na contemporaneidade”, sublinha.

O evento integra as ações do Plano Descentra Cultura Minas Gerais, da Secult, que tem o objetivo de municipalizar e democratizar o acesso aos bens e serviços da Cultura, com base nas diretrizes estabelecidas no Plano Estadual de Cultura, valorizando artistas, trabalhadores e trabalhadoras da Cultura, estimulando a geração de emprego e renda, com atenção especial à cultura popular e tradicional do estado.

A 2ª edição do encontro firma o compromisso no calendário de Patrimônio Cultural de Minas. Com apresentações de congados, rodas de capoeira, oficinas, exposição, palestra e dança, a programação une a arte com saberes populares e tradicionais. Assim, a sociedade pode acessar e conhecer mais sobre a cultura afro e questionar preconceitos ainda latentes.

Segundo Adriano Maximiano da Silva, titular da cadeira de Culturas Afro-brasileiras do Conselho Estadual de Política Cultural (Consec/MG) e membro do Conselho Estadual de Patrimônio Cultural (Conep/MG), a primeira edição foi de grande importância para a valorização e a visibilidade desses realizadores, que mantêm viva a Cultura Afro-mineira em todos seus segmentos.

“Em 2021, ano da 1ª edição, o Iepha anunciou a criação do Programa de Patrimônio Cultural das Afromineiridades, e, em 2022, o lançou com os cadastros dos espaços Sagrados dos Terreiros, além de outras ações, como a pontuação diferenciada no ICMS Cultural para os municípios aderirem às políticas públicas voltadas paras as culturas Afro no estado. E isso é de grande importância e reconhecimento para as expressões populares e tradicionais de Minas Gerais”, ressalta.

Adriano também explica que após o Primeiro Encontro das Afromineiridades, vários outros municípios começaram a realizar encontros locais. “Guapé, Três Pontas, Timoteo, Ituiutaba, são algumas das cidades que promoveram o evento. Também percebemos que após o primeiro evento algumas empresas lançaram editais de premiações que contemplavam a afromineiridade”, celebra.

O projeto é viabilizado pela Lei de incentivo à Cultura, com realização da Secult/MG e patrocínio da Cemig. Conta com a produção do Instituto Mundu, e com o apoio do Iepha/MG, Fundação Clóvis Salgado, Circuito Liberdade, Sesc, APPA, Copasa, Ateliê da Memória, Palácio da Liberdade, Gesto Produtora e Cangaral.

Confira a programação: 
3/2 (sexta-feira)19h – Exposição de quadros sobre cultura afro no hall do Palácio das Artes

Artistas: Rodney Nicomedes e José Silva

Mostra: Atlanticidades Diáspora África Brasil.

20h – no Palco do Grande Teatro Cemig do Palácio das Artes, com apresentações de:

Ruby, Janamô e Black Dom

Terno de Congo da cidade de Ilicínea

Terno de Catupe da cidade de Bocaiuva

Terno de Moçambique de Azurita  – Mateus Leme

Folia de Reis da cidade de Coronel Xavier Chaves

Grupo de dança Afro Perola Negra da cidade de Manhuaçu

Capoeira com Grão Mestre Dunga

Tenda Pai Joaquim do Congo de Aruanda, Terno do Congo Real da cidade de Ituiutaba

 

4/2 (sábado) 

09h – Cortejo com Ternos de Reinado/Congada na Praça da Liberdade

13h – Palestra “Artes Quilombolas do Norte de Minas” com Wendell Marcelino de Lima

15h – Oficina de Tambores com Mestre Biriba .

Thomaz Júnior, com informações de AGÊNCIA MINAS.

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