Manhuaçu comemora 141 anos

Manhuaçu comemora 141 anos de emancipação político-administrativa, nesta segunda-feira, 05/11. Sede da microrregião de Manhuaçu, na Mesorregião Zona da Mata, possui, de acordo com o IBGE, população estimada em 88.580 habitantes, distribuídos em área de 628,6 km² (densidade demográfica de 140,91 hab./km²). Governado pela Prefeita Cici Magalhães e o Vice-prefeito Renato Cezar Von Randow, o município consolidou recentemente importantes melhorias estruturais como calçamentos em diversas ruas, renovação da frota de veículos da Saúde, Educação, Obras, SAMAL, SAAE e Conselho Tutelar, modernização da iluminação pública e das redes de água e esgoto em vários locais, entre outros.

Prefeita Cici e Vice-prefeito Renato da banca.

A Prefeitura também está executando grandes obras como as quatro novas creches e as cinco novas UBS (Unidades Básicas de Saúde), além do Galpão do Produtor Rural e diversos investimentos sociais direcionados ao bem-estar da população de menor renda. Símbolo do município, o Rio Manhuaçu também tem recebido intenso trabalho de desobstrução e limpeza, executado pelo SAMAL.
A Secretaria Municipal de Planejamento e o Conselho M. de Trânsito, buscam soluções para o trânsito, como a implantação de guarda municipal, mudanças estratégicas no tráfego e maior fiscalização, tudo com a participação popular, por meio de audiências públicas.
O Estádio Juscelino Kubistchek voltou a integrar o mapa do Campeonato Mineiro como local da realização de jogos, a partir da instalação do Boston City FC Brasil em Manhuaçu. A cidade também tem acolhido grande número de atletas de várias localidades que aqui chegam para participar de competições regionais, estaduais e nacionais nas mais distintas modalidades.
O município avança, mesmo em tempos de grandes desafios, como se apresenta o cenário atual no país.

Cidade acolhedora

Com diversas instituições de ensino de graduação universitária, a cidade
movimentada com a realização do ENEM, com a presença de jovens
da região.

No setor privado, Manhuaçu é referência regional na prestação de serviços, com destaque para a Educação, Saúde e comércio de café, entre outras. Diariamente, um grande fluxo de pessoas residentes nos municípios vizinhos que vêm à cidade em busca dos mais diversos produtos e serviços. Também em destaque, nos últimos anos, a ampliação dos setores hoteleiro e de comércio varejista, entre outros.
Para estimular a economia local com o aumento do fluxo de pessoas de outras cidades em Manhuaçu, a Prefeita autorizou recentemente a redução da taxa de embarque no terminal rodoviário. A iniciativa também ajudou aos trabalhadores que fazem o traslado diário entre Manhuaçu e cidades vizinhas, por aqui trabalharem e não residir ou aqui residir e trabalhar na região.

Cafeicultura é predominante no meio rural.

Na cafeicultura, a produção é elevada, com total predominância nas propriedades rurais que, em sua maioria, são representadas pela agricultura familiar.
O município possuiu cerca de 20 mil hectares com lavouras de café. Na região de Manhuaçu, a área plantada é de 145.742 hectares, com produção estimada em 3.282.440 sacas beneficiadas de 60 kg e produtividade de 25,3 sacas/hectare. Estes números expressam a importância da produção do grão para a economia local e regional.
Com produtores premiados na maioria dos concursos nacionais e internacionais, Manhuaçu tem a sua cafeicultura representada como Café das Matas de Minas, juntamente com municípios vizinhos, em um processo de contínua melhoria na qualidade do grão produzido.

Após mais de duas décadas, o estádio JK volta a sediar jogos do
Campeonato Mineiro.

A cidade conta também com instalações de atendimento regional do Poder Judiciário, Receita Federal, INSS, MPF, Tribunal Regional Federal, AF-II, Batalhão de Polícia Militar, Corpo de Bombeiros da Polícia Militar e Delegacia Regional de Polícia Civil, entre outras.
Atualmente, o IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano do Município) é 0,689 – situando-se na faixa ‘médio’ (limite até 0,699). No município, a esperança de vida ao nascer cresceu 2,0 anos na última década, passando para 75,4 anos, em 2010. O Índice de Gini, que apresenta o nível de desigualdade social, demonstra redução nos últimos anos, passando de 0,57, em 1991, para 0,50, em 2010.

História

Ponte dos Arcos (Ponte Cordovil Pinto Coelho) um dos bens tombados como
Patrimônio Histórico Municipal este ano.

Desde o fim do ciclo do ouro na região, a maior riqueza do município é o café. A cidade é referência nacional no cultivo do grão e o tem como principal cultura aliado à sua economia. Além da sede, o município é composto pelos distritos de Dom Corrêa, São Sebastião do Sacramento, Vilanova, Realeza, Ponte do Silva, São Pedro do Avaí, Palmeiras do Manhuaçu e Santo Amaro de Minas, com as vilas de Palmeirinhas, Vila Formosa e Bom Jesus de Realeza.

Pista de caminhada e quadra de petecas receberam iluminação com lâmpadas
de led.

A freguesia de Manhuaçu foi criada em 1875 e instituída em 1878, enquanto o município foi criado em 5 de novembro de 1877. Sua sede inicialmente foi em São Simão (hoje Simonésia) e transferida para a Vila de São Lourenço em 1881.
Após perder as eleições de modo considerado fraudulento, o Coronel Serafim Tibúrcio e seu companheiro Coronel Antônio de Miranda Sette pegaram em armas, em 1896, e proclamaram a República de Manhuassu. Eles chegaram a emitir títulos de crédito em nome da Fábrica de Pilação de Café e nomearam autoridades.

Documento de 1876, assinado pelo então Presidente da Câmara
Municipal de Ponte Nova, José Maria da Silveira, na condução
dos trabalhos para a emancipação de Manhuaçu.

Com o apoio das forças federais, o levante foi derrubado, 22 dias após, e os revoltosos fugiram pelo vale do Manhuaçu, fundando pequenos povoados como Alegria de Simonésia e até alguns no Estado do Espírito Santo.
Manhuassu teve sua grafia alterada para Manhuaçu, pela nº 336, de 27 de Dezembro de 1948.
Como reconhecimento da importância da preservação de sua história, este ano, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, e o COMPAC (Conselho Municipal do Patrimônio Cultural) assegurou o tombamento de imóveis em diferentes locais de Manhuaçu.
(Thomaz Júnior)