segunda-feira, 30 de maio de 2011

Visita e prevenção às DST na Semana de Enfermagem do CEM

 Conhecimento em sala de aula e nas comunidades: assim foi a Semana de Enfermagem do CEM (Centro Educacional de Manhuaçu) este ano. Com atividades intensas, os alunos do curso técnico de Enfermagem se envolveram ativamente na programação, participando de minicursos e visitando distritos e cidades vizinhas, em trabalho orientação e prevenção às DST (doenças sexualmente transmissíveis), tema do evento este ano.

De acordo com a Coordenadora dos cursos técnicos do CEM, Jeane Breder, a programação possibilitou a obtenção de novos conhecimentos em sala de aula e a vivência prática daquilo que é aprendido, a partir do contato direto com as famílias em cada localidade visitada.

As visitas ocorreram nos Distritos de Vilanova e São Pedro do Avaí, além das cidades de Caputira, Luisburgo, Reduto e São João do Manhuaçu.

Em sala de aula, os minicursos realizados abordaram temas como: “Saúde do Idoso”, “Traumas”, “Saúde da Criança”, “Auto Medicação” e “NASF” (Núcleos de Apoio à Saúde da Família).

Em entrevista à reportagem, Jeane Breder enfatizou que a mobilização proporcionada pela Semana de Enfermagem trouxe importantes ganhos de conhecimento para os estudantes. 

“A Semana da Enfermagem é importante, porque estamos realizando um trabalho social. Colocamos nossos alunos em contato direto com as famílias; pessoas estas que possivelmente serão atendidas por estes estudantes, futuros profissionais da Saúde. O tema abordado este ano foi sobre as doenças sexualmente transmissíveis. Percebemos que os jovens despertaram muito interesse por este assunto, e, na verdade, no âmbito da escola técnica, conseguimos esclarecer com muita fidelidade a eles questões sobre as particularidades de cada doença, os métodos contraceptivos, o uso da camisinha, enfim, uma abordagem muito interessante para os alunos. Nós levamos informações para as comunidades e colhemos frutos, porque temos um contato direto com os PSFs das cidades. Tivemos a confirmação de que algumas pessoas já procuraram estes postos de Saúde para fazer exames específicos, após assistirem as palestras. Destaca-se também que é importante que os alunos façam se presentes nestas comunidades para conhecer a realidade das pessoas, o cotidiano das famílias. Deste modo, esta atividade extra-muro possibilitará aos alunos a novas descobertas”, comentou a coordenadora.

(Thomaz Júnior/ Assessoria de Comunicação CEM)






















Meeiros de Café: a busca das Minas (III)

Eng Agr Ruy Gripp


Continuando com “Meeiros de Café", de Vivaldo Barbosa obra que retrata a história da colonização desta parte do Brasil entre MG/ ES, que engrandece o autor e nossa região cafeeira do entorno da Serra do Caparaó", temos do Capítulo UM: 

"Serra do Caparaó, Zona Proibida. Os primeiros olhos do homem branco europeu a contemplarem esse deslumbrante panorama, essa imensa riqueza da natureza, numa multiplicidade de vegetação nunca vista na Europa foram do português Sebastião Fernandes Tourinho lá pelos idos de 1570.

A partir de 1554, estimuladas e apoiadas pelo Governo Geral recém-instalado na Bahia, expedições já haviam tocado nascentes do no São Francisco e do rio Doce, à procura de ouro e prata. Pois esse Sebastião Fernandes Tourinho saiu de Porto Seguro, embrenhou-se no sertão, perambulou por léguas e léguas, navegou rios, entrou pelo rio Guandu, pelo São Mateus, pelo Rio Doce, andou tanto e por tantos dias que acreditou estar chegando perto do Rio de Janeiro. Teria entrado pelo Rio Manhuaçu, a partir do Rio Doce. De uma elevação, contemplou a Serra do Caparaó, pensando tratar se da Serra dos Órgãos, que já conhecia, pois estivera antes na baía de Guanabara, e a contemplara do outro lado, a partir do fundo da baía.

Num aspecto, Tourinho tinha razão. Divisadas de longe, as duas serras possuem píncaros pontiagudos, montanhas elevadas, as duas cordilheiras bem semelhantes. E igualmente belas e deslumbrantes.

Só mais de cem anos depois, no fim dos anos Seiscentos, outras expedições vieram de São Paulo, a partir de Taubaté, à busca de ouro e de índios. Tocaram o rio Casca e outros afluentes do Rio Doce. Foi o mais perto que se chegou do Caparaó.

Estas expedições nada deixaram, nada plantaram, nada edificaram. Somente após as Entradas e Bandeiras, organizadas a partir de Fernão Dias Paes, é que em seus caminhos se fundaram povoados, plantou-se, roças foram formadas, algo de duradouro se estabeleceu. Taunay já observou que as Entradas e Bandeiras desempenharam papel de empresa permanente. 

Na região mais próxima da costa brasileira, esta longa costa de mais de nove mil quilómetros, a Serra do Caparaó foi das últimas a ser povoada. Era o centro da Zona da Mala, com a densa vegetação que lhe deu o nome, a distingui-la das áreas de mineração e do cerrado. "Formava um todo contínuo com floresta do médio Paraíba, ao sul, e a do vale do rio Doce, ao norte. A oeste, limitavam-na os campos naturais do centro e do sul de Minas.” 

Por Alvará de 1733, fica proibido abrir picadas ou caminhos na capitania Minas Gerais, e, em consequência, a abertura de qualquer área na mata, o estabelecimento de qualquer fazenda, a construção de qualquer casa em toda a região que fica entre as minas em torno de Vila Rica e a costa do Brasil, envolvendo toda a região em redor da Serra do Caparaó e do Vale do Rio Doce, quer do lado de Minas, quer do lado do Espírito Santo.

Nem por ali podia se passar. Era a Zona Restrita, a Zona Proibida. Abrangia praticamente toda a Zona da Mata, assim denominada por sua densa vegetação florestal, em contraste com a rala vegetação das zonas de mineração. 

Um caminho direto entre Vila Rica e o Porto de Vitória passaria em plena Serra do Caparaó, o traçado hoje correspondente à BR-262, que liga Belo Horizonte à Vitória, equivalente à distância direta entre Vila Rica e o Rio de Janeiro. O governo português temia que esse caminho pudesse ser aberto, e por ele se fizesse o contrabando de ouro, deixando o erário português a ver navios. Portugal receava igualmente que franceses ou holandeses pudessem utilizá-lo para chegar à região das minas, como já referido.

Em busca de Minas: Já prestes a se completarem duzentos anos desde que Cabral aqui chegara, o Brasil era apenas a sua costa. Não havia incursões Brasil adentro, nem povoamento se fizera pouco além da costa. 

As Bandeiras e Entradas iam e vinham, traziam índios para o trabalho escravo, além de muitas frustrações por não terem ainda achado ouro ou prata. 

Piratininga continuava o ponto ocupado mais ao interior. Somente já no extremo sul, os paulistas, a partir de Piracicaba, e, em seguida, os açorianos, estes especialmente enviados pelo governo português, haviam avançado até os pampas, onde eram criados, de maneira selvagem, gado, cavalos e burros. 

Ao que se conhecesse, tratava-se de uma das áreas da terra mais apropriadas para tal criação, superior às estepes russas e à Ásia Central. 

Pelo São Francisco, verificou-se alguma penetração e se estabeleceram algumas povoações para criação de gado. No Nordeste, não era necessário ir muito além sertão adentro, para cultivar a cana-de-açúcar e construir os engenhos. Na verdade. Portugal era pequeno, de pequena população para um Brasil tão grande. P.17.

Pior do que a ausência de população significativa, foi a mediocridade das elites portuguesas neste período. Durante os anos Seiscentos, Portugal celebrou diversos acordos comerciais com a Inglaterra (1.642, 1654 e 1661), altamente favoráveis a esta última, abrindo o mercado português às manufaturas inglesas, assegurando tão somente mercado para os vinhos portugueses. Mais tarde, já no início do século XIX, o grande economista inglês, David Ricardo, o maior em seguida a Adam Smith, afirmava tese central do liberalismo à inglesa: na divisão da economia europeia, o trigo deveria ser fornecido pela Polônia, os vinhos, pela França e por Portugal, e as manufaturas pela Inglaterra. 

A mesma tese imposta ao mundo nos tempos recentes da chamada globalização, que gerou esta imensa crise que o mundo hoje sofre.

Em 1703, o Tratado de Methuen consolidou esses acordos, fechando as possibilidades de se criarem indústrias em Portugal para competir com produtos ingleses. 

Exatamente no momento em que se revelavam aqui as minas que propiciariam os capitais necessários à implantação de indústrias no Brasil e em Portugal. 

Ao longo de todo o século XVIII, o ouro aqui produzido poderia ter sido a base de capital de inúmeras indústrias, especialmente as de tecidos. Não o foi. Escoou para a Inglaterra, a fim de sustentar as indústrias inglesas. 

O Tratado de Methuen representou para Portugal o mesmo que o FMI para os países do Terceiro Mundo, nos últimos tempos”.


Veja também: https://blogdothomazjr.blogspot.com/2010/06/autor-de-manhumirim-lanca-livro-meeiros.html


domingo, 29 de maio de 2011

Hospital César Leite completa 84 anos de amor à vida

Em 1927, na Biblioteca Ruy Barbosa, um médico dedicado liderou um grupo de empresários, políticos e produtores rurais e deu início à realização de um grande sonho: a construção do primeiro hospital da região. Neste dia 29 de maio, o Hospital César Leite completa 84 anos com orgulho de ter construído uma trajetória exemplar, que teve como base as premissas implementadas desde a sua fundação.

O Hospital César Leite é uma instituição que faz questão de preservar suas raízes. O atendimento humanizado, que prima pelo respeito ao ser humano, é um dos seus maiores diferenciais. Em pouco mais de oito décadas de trajetória, existem muitas histórias de vida para se contar. Momentos de acolhimento, de respeito, de sensibilidade, de preocupação com o bem-estar.

Na entrada do hospital, a frase em latim, perpetua sua missão no tempo, indicando a tarefa rotineira dos que ali se encontram e pode ser traduzida como a “Divina obra de aliviar a dor”.

 

HISTÓRIA

 

O sergipano João Cesar D’Oliveira Leite foi o fundador do hospital de Manhuaçu. Através de seu exemplo e liderança, ele mudou a história da cidade, combatendo as injustiças e sendo exemplo com sua personalidade obstinada, caridosa, empreendedora e humilde.

Formado em Medicina e Farmácia pela Faculdade de Salvador (BA), ele se mudou para Carangola e depois para Manhuaçu. Fundou jornal, foi venerável da Loja Maçônica União de Manhuaçu, vereador e professor.

Com sua liderança e o apoio de autoridades da sociedade da época, conduziu uma odisséia de oito anos até que o hospital fosse inaugurado. Buscou recursos para cada tijolo que foi assentado na obra. César Leite chegou a colocar dinheiro do próprio bolso e vendeu parte de seu patrimônio para que a construção não fosse paralisada.

O hospital foi entregue em 1934 à comunidade de Manhuaçu com 44 leitos. O médico e fundador do HCL faleceu em 1968 mas deixou um exemplo a toda a população: foi um homem por inteiro, maior do que o próprio sonho, que ergueu um templo de amor ao próximo.

Na história dos 84 anos do Hospital César Leite, foram muitas as personalidades, funcionários e amigos que contribuíram diretamente para seu crescimento, desde os mais antigos Provedores como Dr. Dermeval Monteiro de Carvalho, Professor Sylas Agripino Heringer, Oscar Corrêa, Crispiniano Tasca, Nudant Pizelli de Souza, Cleo Von Randow, Nudant Pizelli de Souza Júnior, José Fialho Sobrinho, Dr. Michel Hannas e o atual Provedor Fernando Gonçalves Lacerda e muitos outros colaboradores que ajudaram a superar vários desafios para elevar o nome do Hospital.

 “São 84 anos de luta e dedicação a uma grande causa: o sonho, idealizado pelo Dr. César Leite em 1927 com lideranças de vários segmentos de Manhuaçu, está consolidado. Hoje, completamos 84 anos de um trabalho humanitário que é a maior obra social de toda a região”, avalia o Provedor Fernando Gonçalves Lacerda.

A administração do Hospital é realizada através de uma diretoria eleita para mandatos de três anos, que é assessorada pelo Conselho Superior com cinquenta membros e pelo Conselho Fiscal.


FUTURO

A meta da diretoria do Hospital César Leite é focar os projetos de ampliação da estrutura, modernização e abertura de novos serviços de alta complexidade. Estão em fase de acabamento quatorze novos apartamentos para ampliar a capacidade de atendimento de convênios e particulares e já foram iniciadas as obras para o serviço de hemodinâmica. Na área adquirida em 2009, o Hospital César Leite vai construir o seu serviço de hemodiálise. O terreno de 3.000 m² abrigará o plano de expansão do HCL e marca o início de uma nova fase na Saúde da região. O projeto está em análise na Vigilância Sanitária Estadual para que possa ser iniciado em pouco tempo.

 

INFRAESTRUTURA

 

Atualmente, o hospital tem 5.183,11 m² de área construída. Possui 200 leitos sendo, 155 para atendimento dos pacientes do SUS e 45 para conveniados e particulares. Desse número, dez são para UTI e três intermediários. Atualmente, 129 médicos atendem no Hospital César Leite em cerca de 25 especialidades e o quadro de funcionários abriga 435 colaboradores diretos, trabalhando em regime de escala para que seu funcionamento mantenha 24 horas de dedicação aos pacientes e familiares.

“Com uma das melhores estruturas física e de pessoal, o HCL atende um fluxo médio de 12.000 internações anuais, sendo 65% dos pacientes de origem do SUS. O serviço de nutrição e dietética prepara 84.500 refeições mensais; enquanto o setor de lavanderia lava e higieniza 2.500 quilos de roupas por mês. Além disto, o HCL possui seu próprio Plano de Saúde, o Plancel, criado para dar sustentação financeira ao Hospital”, ressalta o Tesoureiro Renato Cezar Von Randow.

Por todos esses anos a serviço do bem estar e da valorização do ser humano, instituído graças ao padrão sério de seus diretores, o Hospital César Leite é hoje, indiscutivelmente, um dos melhores do estado de Minas Gerais.

Carlos Henrique Cruz

 


















Legendas:

O Provedor Fernando Lacerda acompanha as obras de construção dos novos apartamentos do Hospital César Leite. O projeto foi lançado no ano passado dentro do Plano de Expansão.

Em Belo Horizonte, o Secretário de Estado de Saúde Antônio Jorge recebeu os diretores do Hospital César Leite, Fernando Lacerda (Provedor), Renato Cezar (Tesoureiro) e Antônio Gama (Diretor Social) para discutir o plano de credenciar o HCL em serviços de alta complexidade.

O Provedor em exercício, Sebastião Onofre de Carvalho, e o tesoureiro Renato Cezar Von Randow estiveram nas obras dos quatorze novos apartamentos e na área da hemodinâmica durante esta semana.

Setor de hemodinâmica, um dos principais avanços do Hospital César Leite nos últimos anos, já está em fase final de obras com a montagem da estrutura para os equipamentos de última geração adquiridos pela Administração do hospital.

 

sábado, 28 de maio de 2011

Câmara de Manhuaçu presta homenagens em Sessão Solene

 Títulos de Cidadania Honorária e Benemerência e Diplomas de Honra ao Mérito são concedidos

 

A Câmara Municipal de Manhuaçu realizou na noite desta sexta-feira, 27/05, Sessão Solene de Outorga de Títulos de Cidadania Honorária e de Benemerência, além de Diplomas de Honra ao Mérito, um reconhecimento do Poder Legislativo às pessoas e entidades que contribuíram para o desenvolvimento social local, seja por sua dinâmica atuação ou pela vida exemplar, norteando o caminho dos mais jovens.

Sob a presidência do Vereador Renato Cezar Von Randow (Renato da Banca) e com expressiva participação de autoridades, convidados e familiares, a sessão foi marcada pela emoção das homenagens.

A comemoração do 7º aniversário da APAC/ Manhuaçu (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados), uma das instituições homenageadas, também foi registrada nesta solenidade, com o pronunciamento da Presidente da entidade, Dra. Denise Rodrigues de Oliveira.

(Thomaz Júnior/ Assessoria de Comunicação da Câmara M. de Manhuaçu)

 

LEGENDAS:

 

Cidadão Benemérito: Comandante do 11º BPM, Tenente-coronel Rhodes.

 

Honra ao Mérito: Voluntários da APAC/Manhuaçu.

 

Honra ao Mérito: Plano Social Familiar EM VIDA.

 

Honra ao Mérito: Pastoral da Criança do Bom Pastor.

 

Honra ao Mérito: Juiz de Direito, Dr. Walteir José da Silva.

 

A Presidente da APAC/Manhuaçu, Dra. Denise Rodrigues Oliveira, se pronunciou sobre os sete anos de funcionamento da associação na cidade.

 

Cidadania Honorária: Promotores de Justiça, Dr. Bruno Fernando Torres Lana e Dra. Tereza Rachel D’Ávila Riani Lana.

 

Cidadão Honorário: Promotor de Justiça, Dr. Fábio Santana Lopes.

 

Cidadão Honorário: Juiz de Direito, Dr. Luiz Carlos Rezende e Santos.

 

Cidadã Honorária: Juíza de Direito, Dra. Adriana Vasconcelos Pereira.

 

Cidadão Honorário: Odontólogo, Dr. Afonso Celso do Rosário Gandra.

 

Autoridades integraram a Mesa Diretora.

 





Revista Mais, edição Jun./2011.



Revista Mais, edição Jun./2011.

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