sábado, 31 de maio de 1997

Martins Soares: Lei Municipal define Dia da Padroeira Nossa Senhora Mãe dos Homens

 Martins Soares: Lei nº 020/1997, 'Estabelece Feriado Municipal':

Declara Feriado Municipal no dia 31 de maio, podendo nesta data ser comemorado o dia de Nossa Senhora Mãe dos Homens, padroeira da Cidade de Martins Soares. 


(Publicado no Jornal Tribuna do Leste, em edição de 25/05/1997, na p. 21)

Pesquisa e digitalização: Thomaz Júnior.

terça-feira, 27 de maio de 1997

Reduto define Dia do Padroeiro e Aniversário do Município

Em publicação no Jornal Tribuna do Leste, edição de 25/05/1997, o Município de Reduto definiu, por meio da sanção da Lei Municipal nº 11/1997, as datas para a celebração do Dia do Padroeiro São João Batista (24/06) e do Aniversário do Município (19/11).

Fotos, pesquisa e digitalização: Thomaz Júnior.




Igreja Matriz de São João Batista, em Reduto. Fotos: Thomaz Júnior.




segunda-feira, 26 de maio de 1997

Instalação do Distrito de Palmeiras do Manhuaçu

A comunidade de Palmeiras do Manhuaçu realizou um sonho na última quarta-feira, 21/05: ser elevada à categoria de distrito. Criado pela lei 1977/95 e modificado pela lei 1985/86, o distrito ainda não havia sido instalado oficialmente.

Na última quarta-feira, o Prefeito Geraldo Perígolo, o vereador Rômulo do Carmo, o líder comunitário Geraldo Goiaba e várias lideranças do novo distrito estiveram reunidos no Almoxarifado Municipal para a assinatura da Ata de Instalação do Distrito de Palmeiras do Manhuaçu. A partir das 15 horas, do último dia 21, foi então implantado o novo distrito, desmembrado de São Sebastião do Sacramento.

A comunidade vinha lutando há quase dois anos pela instalação, só que a discussão sobre onde seriam as divisas do novo distrito acabaram por atrasar o processo. Atendendo a uma solicitação da população do distrito, o chefe do executivo resolveu toda a questão.

Para as lideranças, essa separação de São Sebastião do Sacramento permite que a comunidade caminhe sozinha na busca de melhorias e numa possível emancipação do distrito remanescente, daqui a alguns anos. 

Desse modo as possibilidades de crescimento e emancipação são muito maiores.

Agora o município conta com os distritos de Realeza, São Pedro do Avaí, São Sebastião do Sacramento e Palmeiras do Manhuaçu.


(Matéria publicada no Jornal Tribuna do Leste, edição 25/05/1997, p. 03)

Digitalização e pesquisa: Thomaz Júnior


terça-feira, 20 de maio de 1997

Academia lembra Hervê Cordovil

A Academia de Letras de Manhuaçu (ALM) realizará no próximo dia 24 de maio, sábado, a partir das 20h, Sessão Solene para Homenagear a memória do compositor Hervê Cordovil que viveu sua infância em Manhuaçu e sua família deixou marcas indeléveis na história política e cultural da cidade.

Hoje, a antiga Escola Normal Oficial de Manhuaçu leva o nome de sua mãe Maria de Lucca Pinto Coelho e também seu saudoso pai dá nome à EE Cordovil Pinto Coelho.


COMPOSITOR


Hervê Cordovil foi advogado em Manhuaçu e professor da antiga Escola Normal, mas se destacou como músico e compositor de renome, tendo canções que até hoje são regravadas e fazem sucesso, como Rua Augusta, Vida de Viajante, Sabiá na Gaiola, Cabeça Inchada, Muié Rendeira, Pé de Manacá, entre outras. Compôs também, o hino do Centenário de Manhuaçu.

A intérprete preferida de suas canções foi Isaura Garcia. Mas, também, fizeram sucesso com suas composições os cantores Luiz Gonzaga, Ivon Curi, Carmem Miranda e, como não poderia deixar de ser, seu filho Ronnie Cord, na fase da Jovem Guarda.

Hervê Cordovil compôs músicas de parceria com Lamartine Babo, Noel Rosa, Adhoniran Barbosa, Luiz Gonzaga e Rossini Pinto, entre outros.


HOMENAGEM


Os Corais São Lourenço e Flor de Manacá apresentarão números musicais do repertório de Hervê Cordovil, assim como a Bandinha e o Coralzinho da Escola Dó-Si-Arte.

A Acadêmica Professora Abla Slaibi Pereira fará o elogio à memória de Hervê Cordovil, que é o Patrono da Cadeira nº 15 da Academia de Letras, da qual é ocupante, encerrando a solenidade.

Hervê Cordovil, além de músico e compositor, foi professor, advogado e Grão Mestre das Grandes Lojas do Estado de São Paulo.


(Artigo publicado no Jornal Tribuna do Leste, em edição de 18 de maio de 1997)

Pesquisa e digitalização: Thomaz Júnior.

segunda-feira, 19 de maio de 1997

Os Passos da Comunidade

O Evangelista Marcos conversando com o Cristãos de hoje. (3ª parte)

Pe. Celso Loraschi

Queridos seguidores e seguidoras de Jesus!

Neste ano de 1997, de maneira muito especial, estamos juntos em preparação ao grande jubileu do ano 2000. Cada um(a) de vocês, como eu, recebeu a missão de anunciar a Boa Notícia de Jesus Cristo e sua Proposta de Vida e Liberdade. 

Ser catequista não significa somente 'realizar encontros de catequese’, mas é aderir por inteiro - de corpo e alma - ao jeito de ser, de pensar, de amar e servir do próprio Jesus Cristo. 

É caminhar na mesma estrada de Jesus.


A ESTRADA DE JESUS 

Em nossos dois encontros anteriores, vimos que o meu Evangelho - O Evangelho de Marcos foi escrito em comunidade, em Roma (alguns dizem que foi escrito na Síria) para dar força e entusiasmo aos discípulos de Jesus.

Nós tínhamos certeza de que o caminho da paz e da plena realização humana era Jesus e sua prática. No começo tudo parecia fácil e encantador. Mas ao caminhar na estrada de Jesus, fomos enfrentando crises, dificuldades, dúvidas, perseguições... Enfim, fomos percebendo que, seguir Jesus, não é apenas uma questão de boa vontade. É um processo, é uma aprendizagem, é uma educação que vamos fazendo juntos, passo a passo…

Essa aprendizagem se dá seguindo a estrada de Jesus, da Galileia até Jerusalém. A Galileia, a região que fica no norte do país da Palestina, é o lugar social dos pobres, explorados e marginalizados. Aí Jesus se criou, num lugar chamado Nazaré.

Junto com Maria e José, Jesus - o filho de Deus - não se distinguiu dos demais habitantes trabalhadores e pobres. Sentiu em sua carne tudo o que um ser humano comum vive. É a partir daí que Jesus em sua vida pública, realiza a sua missão de libertação dos pobres e oprimidos.

Desde a Galileia, Jesus com seus discípulos, vai caminhando em direção da capital, Jerusalém, onde vai ser preso e morto pelos poderosos. E, novamente, será na Galileia que Jesus ressuscitado poderá visto. 

Se você ler com atenção o Evangelho por mim escrito, vai perceber que aí fui mostrando essa caminhada, repleta de sinais de vida no meio de inúmeros conflitos.


OS PASSOS DA CAMINHADA


O Evangelho, que eu escrevi, mostra o roteiro dos quatro passos ou etapas que marcam a caminhada dos discípulos de Jesus:

Mc 1, 1-15: Introdução e Apresentação.

1º passo: Mc 1, 16-6, 13. Mostra o entusiasmo no início da caminhada com Jesus.

2º passo: Mc 1, 35-0, 21. Mostra quem é Jesus, pela sua prática. No entanto, os discípulos entram em crise porque não conseguem entender.

3º passo: Mc 8, 22-13,37. Mostra claramente que seguir a Jesus é tomar a cruz, como Ele. Os discípulos continuam sem compreender, parecem cegos. Jesus procura esclarecê-los através da sua instrução, da sua catequese.

4º passo: Mc 14, 1-16, 8. Com a morte de Jesus, tudo parece ter fracassado. No entanto, é um momento muito especial para recomeçar tudo de novo...

Mc 16, 9-20: Conclusão e Resumo.

Estas quatro etapas não acontecem de forma estanque. Uma está embutida na outra. São passos que mostram o caminho do seguimento de Jesus. É uma forma didática para ajudar na catequese dos cristãos e cristãs de ontem e de hoje.

Nos próximos encontros, vamos aprofundar cada um desses passos. 

Desde já, você pode ler este Evangelho que eu escrevi, prestando atenção para entender como cada etapa acontece. Experimente, tomando nota e partilhe as descobertas com o seu grupo de família e sua turma de Catequese.

E lembre-se: foi a partir da Galileia - da periferia, o lugar social dos oprimidos - que Jesus desenvolveu sua catequese (prática e teoria) em vista da Proposta de Vida para todos.


PAI NOSSO DOS ENCARCERADOS


Pai nosso que estás nos céus, olha para nós que somos réus.

Venha a nós a liberdade, segundo a tua vontade.

Assim na terra como no céu, estende sobre nós o teu véu.

Perdoa a nossa maldade, assim como nós perdoamos a hipocrisia da sociedade.

Não nos deixes cair em outra contravenção, para que não voltemos a sofrer tanta humilhação.

Em nossa ausência, protege os nossos lares, enxuga as lágrimas dos nossos familiares.

Confiamos em Ti, na justiça e no teu amor para sempre,


Amém!


Autor desconhecido.



(Publicado no Jornal Tribuna do Leste, edição de 18/05/1997, p.04)



segunda-feira, 12 de maio de 1997

Personalidades de Manhuaçu: os 110 anos de Nascimento de João Claudino Pinto

 JOÃO CLAUDINO PINTO

Nascimento: 06-05-1887 

Falecimento: 05-11-1947


Carangolense por nascimento, manhuaçuense por opção, falar de Manhuaçu é falar de "João Claudino".


Homem íntegro, trabalhador, honesto e destituído de egoísmo, lutou apaixonadamente pelo bem comum, onde não escolhia raça ou cor, credo religioso ou classe política. Agia como ordenava o seu espírito cristão, amigo e democrático.

Dos 60 anos que viveu, 35 foram vividos em Manhuaçu, cidade que ele pegou em seus primeiros passos, participando ativamente do seu desenvolvimento, até o último dia de sua vida. "Pode-se dizer que João Claudino era um manhuaçuense, nascido em Carangola-MG", tal o seu amor pela localidade.

No Manhuaçu antigo, assistiu o desenrolar de renhidas e apaixonadas lutas políticas e, mesmo mantendo a sua opinião, nada sofreu, por ser estimado e respeitado por todas as facções.

Aportou nesta cidade com a primeira locomotiva e era ferroviário naquela ocasião, trazendo o assentamento dos primeiros trilhos da E. F. Leopoldina, a primeira ferrovia da época.

Durante longos anos, foi representante da "Singer" e, talvez o primeiro vendedor de máquinas nesta região, trabalho que exigia grande sacrifício, devido ao difícil acesso a qualquer localidade que fosse.

Homem de máxima confiança, foi auxiliar das Firmas: Valentim & Rodrigues e Thomé Novais Ltda. Nas construções de nossa Igreja Matriz e nosso hospital, o seu trabalho foi incansável, sem nenhuma remuneração. Ser humano sensível, amante da música, foi um dos fundadores da Banda Santa Cecília.

Cidadão justo e correto, somente a prática do bem o satisfazia. À beira do Ieito de um enfermo, lá estava ele, mas, visita sempre diferente das outras, nunca se esquecendo de perguntar se faltava alguma coisa em que pudesse ser útil, principalmente quando se tratava de pessoas sem recursos. 

Na morte, não admitia enterro como indigente; "vai e volta", como se dizia, providenciava logo uma subscrição; se não surtia efeito, ele mesmo arranjava o material necessário e fazia o "caixão", para que a pessoa pudesse ser sepultada, com a dignidade de gente.

Por ocasião da epidemia cognominada "espanhola", (que graças a Deus, ele e o Monsenhor Gonzalez não contraíram), saíam os dois, em socorro de doentes, do jeito que podiam, ora levando remédio, ora alimento, que eles mal sabiam fazer, mas que não se furtavam, para que ninguém morresse também de fome. Vale dizer que o mingau de fubá com leite era a especialidade deles.

João Claudino Pinto por sua inteireza, várias vezes exerceu a suplência de autoridades jurídicas da cidade, ocupando na ocasião de seu falecimento o cargo de Juiz de Paz, cumprindo a sua missão até no leito, quando no final, mal podia se levantar, participando assim da vida da comunidade até o último momento de sua vida.

João Claudino, cidadão carangolense, mas manhuaçuense de coração, era filho de família humilde, mas bem constituída. Teve como pais Claudino Pinto de Oliveira e Dona Carolina Leopoldina de Oliveira, sendo ele o mais novo dos quatro irmãos.

Pai de família extremado, era casado com Dona Francisca Claudino Pinto, que lhe deu cinco filhas, todas nascidas em Manhuaçu.

Veio a falecer à 05-11-1947, depois de enfermidade longa, confortado pelos sacramentos da igreja, como bom católico que era, sendo sepultado no cemitério local antigo, no túmulo nº 592.

"Os dados desta biografia foram extraídos dos jornais: Estado Novo nº 239 de 09-11-1947 e do Jornal de Cachoeiro de Itapemirim".


De suas filhas, eternas saudades. De seus netos e bisnetos, imensa gratidão pela constituição sólida de uma família, que vem perpetuando seus ensinamentos ao longo destes 50 anos de ausência. Até breve.


Filhas, netos e bisnetos.


(Texto publicado no Jornal Tribuna do Leste, edição 11/05/1997, p. 10)


Pesquisa e Digitalização: Thomaz Júnior


terça-feira, 6 de maio de 1997

Bacias Hidrográficas: Recuperação (II)

Ernani Emerick Faria


6. VÁRZEAS INUNDÁVEIS E BREJOS: Vemo-los desprotegidos e em processo de extinção. São verdadeiras esponjas que absorvem e retêm as águas. Não poderiam ser sequer tocados. Representam um baluarte da flora e da fauna aquática, em extinção. São nichos que preservam um ecossistema vital.

A drenagem seca dos rios, o solo acelera a velocidade da água, que não mais evapora no campo, indo doravante gerar umidade… no MAR.


7. FOGO: Este é seguramente o maior inimigo das florestas, em quase todos os cantos do mundo. Combatê-lo é difícil e custa muito caro. Percebo que as pessoas cuidam melhor daquilo que plantaram com as mãos do que aquilo que existe naturalmente.

Medidas de prevenção, entre outras, seriam o aceiramento das cercas lindeiras e plantio nas divisas de árvores frondosas, formando uma área contínua sombreada onde não haveria restos de vegetais combustíveis. Espécies recomendadas: jambo (eugênia), oiti, manga, castanheira, etc.


8. DESERTIFICAÇÃO: Palavra terrível que evoca uma situação de fato.

Tanto é visível como perceptível. O seu ciclo de morte pode, em poucas palavras, ser assim descrito: a mata atlântica é derrubada.

Surgem as culturas e as pastagens. Com o inadequado ou rudimentar uso do solo e com as chuvas, a camada fértil superficial é carregada para o leito dos rios, provocando o seu assoreamento, uma das causas de enchentes. 

Nas áreas de cultura ocorre a erosão e o empobrecimento do solo, em matéria de nutrientes naturais. 

Nos pastos, muito por causa do fogo, o solo fica sem proteção e as águas das chuvas levam embora o resto de fertilidade original. 

No terreno compactado e árido assim a natureza morta apenas toma seu banho anualmente.


9. PROGRAMAS AMBIENTAIS: Projeto Rio Doce Monitora a bacia Rio Doce. Existe para tentar reverter o atual quadro de degradação ambiental: má qualidade das águas pluviosidade irregular, ausência (ou grau) de umidade local, enchentes, poluição, assoreamento, desertificação, etc. Funciona atualmente junto ao escritório da CPRM em Belo Horizonte.

CEMIG e COPASA: Ao lado de outras, como a CVRD (Companhia Vale do Rio Doce), tocam alguns programas de recuperação e preservação em reservatórios sob sua administração. 

É um esforço incipiente e digno de referência, pois poderão brevemente essas experiências serem amplificadas, ajudando em muito a manutenção da grande "caixa d'água" nacional: MINAS GERAIS.

CONSÓRCIO: Esta é a fórmula que acreditamos precisa ser fortalecida a nível do Estado de Minas e municípios. Um programa de recuperação de bacias hidrográficas passaria necessariamente pela ação conjunta dos seguintes órgãos, pessoas e empresas:

IEF/ IBAMA/ Universidades/ SAAE/ COPASA/ C EMIG/ CFLCL (Companhia Força e Luz Cataguases Leopoldina)/ Estado/ Ruralminas/ Prefeituras/ Reflorestadoras/ Hortos/ Emater/ Produtores Rurais/ Viveiristas/ Floriculturas/ Agroindústria e outros.


10. CONCLUSÃO: O aparato legal, fiscalizador e policial do Estado de Minas deve ser vigorosamente acionado para a sobrevivência das matas e reflorestamentos. No caso das matas ciliares e de topo em 5 anos teríamos a recuperação em torno de 50% de toda a cobertura florestal de nossas bacias hidrográficas apenas com a relocalização das cercas atuais para seus limites legais, com a consequente recomposição natural da vegetação na área então remarcada. 

O esforço conservacionista e renovador deve ser de todos os cidadãos, da mídia e de todos aqueles que amam a terra em que nasceram: o paraíso tropical chamado BRASIL.

O Criador dos céus e da terra (para os crentes) está de olho naqueles que fustigam a natureza, conforme está registrado no livro do Apocalipse: Capítulo 11 - Verso 18:


"Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, assim aos pequenos como aos grandes, e PARA OS QUE DESTRUÍREM OS QUE DESTROEM A TERRA".


Alto Jequitibá, 27 de Fevereiro de 1997


ERNANI EMERICK FARIA, Economista,  CMDE/ A.J.


(Artigo publicado no Jornal Tribuna do Leste, ed. 04/05/1997)

Digitalização e foto: Thomaz Júnior.


segunda-feira, 5 de maio de 1997

Como ser Discípulo?

O Evangelista Marcos conversando com os Cristãos de hoje (2ª parte)


Queridos seguidores e seguidoras de Jesus!

Quero continuar a conversa que iniciei com vocês no número anterior

Vocês já sabem que meu nome é Marcos e sabem que escrevi o Evangelho de Jesus Cristo para animar as comunidades cristãs, incentivando-as, apesar dos muitos problemas, a permanecerem firmes na fé e na proposta de Jesus.


A quais problemas está se referindo?


  • Perseguição por parte do Império Romano, particularmente do Imperador Nero;

  • Guerra entre judeus e romanos, que, no ano 70, resultou na destruição de Jerusalém e do Templo;

  • Dificuldade de entender quem realmente é Jesus. Os judeus não-cristãos diziam que Jesus não podia ser o Messias-Salvador, pois o Antigo Testamento ensinava que um sujeito condenado à morte na cruz era considerado “maldito de Deus" (cf. Dt 21,23).


Isso abalava a consciência de muita gente que se perguntava: Afinal, quem é Jesus? Será que Ele realmente é o Messias, o Filho de Deus?

A maior parte dos Apóstolos e dos primeiros discípulos já tinha morrido. As comunidades sempre procuraram se organizar, escolhendo animadores e animadoras. Mas, já no começo, surgem problemas entre as lideranças ciúmes, competições, atitudes de dominação…

Tudo isto fazia levantar a questão que, para nós, era fundamental:


Como ser verdadeiramente discípulo de Jesus?


COMEÇO DA BOA NOVA

Nós, quando escrevemos o Evangelho, pensávamos nestes problemas todos. Queríamos anunciar o começo de uma Boa Notícia. Só o começo, porque ela deve continuar na vida dos cristãos, deve ser vivida pela ação e pela palavra dos seguidores de Jesus. 

Cada momento de nossa vida deve ser inspirado pela Boa Nova de Jesus. 

O compromisso com o Projeto de Jesus deve ser continuamente renovado e levado à execução.


OS DISCÍPULOS


Por isso, ao escrever o Evangelho, dei muita importância aos discípulos. Eles são os prediletos de Jesus São o seu xodó. 

Se vocês lerem atentamente o Evangelho que eu escrevi, facilmente observarão que:

  • A primeira coisa que Jesus faz é chamar os discípulos (Mc 1, 16-20).

  • A última coisa que Jesus faz é chamar os discípulos (Mc 16,7.15).

  • E, do começo ao fim de sua missão, Jesus sempre os leva consigo.

Eles são a sua familia: "Eis a minha mãe e os meus irmãos. Quem fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe" (Mc 3. 34-35).

Jesus, aos seus discípulos, dá uma formação realmente especial. Quando eles não entendem, Ele explica tudo de novo (Cf Mc 4,34).

Jesus corrige também a mentalidade e as atitudes de dominação e superioridade que às vezes, surgem entre eles:


“Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos. Aquele que dentre vós quiser ser grande, seja o vosso servidor, e aquele que quiser ser o primeiro dentre vós, seja o servo de todos" (Mc 9, 34;10, 43-44).


ALEGRIA DOS DISCÍPULOS


Por que nós escrevemos isto? Para que as comunidades daquele tempo e também as comunidades de hoje, de que vocês fazem parte, saibam e sintam que, apesar dos muitos problemas, vocês são os discípulos e as discípulas de Jesus, são o xodó dele e podem, portanto, contar com entusiasmo:


"Me chamaste para caminhar na vida contigo!! Decidi para sempre seguir-te e não voltar atrás!"


É claro que seguir a Jesus não é apenas cantar e dizer-lhe palavras bonitas. Afinal, Ele é o Filho de Deus que se fez nosso irmão. Essa bondade e humildade de Deus me fascinam. Essa verdade foi o que mudou minha vida e a vida de muita gente. 

Por isso, nós iniciamos o Evangelho dizendo: “Começo da Boa Notícia de Jesus Cristo, Filho de Deus” (Mc 1.1).

No fim, na hora em que Jesus morre, novamente se declara Filho de Deus. Com Ele aprendemos a trilhar o caminho da liberdade e da vida.


DICAS IMPORTANTES:


1) Leia e medite, muitas vezes, o Evangelho de Marcos;

2) Leia e estude, em grupo, o precioso livrinho: "Caminhamos na Estrada de Jesus".

Na próxima, eu continuo a conversa. Até lá! 


Pe. Celso Loraschi, Prof. do ITESC


(Extraído do Jornal Tribuna do Leste, edição 04/05/1997, p. 04)


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