Professor Manoel José do Carmo, nasceu no arraial de Piedade da Boa Esperança, perto da cidade de Alto Rio Doce, no dia 17 de junho de 1866.
Estudou em Ouro Preto, de onde saiu professor, passando a exercer suas funções em Alto Rio Doce, por indicação da "Inspetoria Geral da Administração Pública do Estado de Minas Gerais". Nessa cidade, ocupou outras posições:
Secretário da Comissão Construtora da Igreja Nossa Senhora do Rosário e Regente da Banda de Música local. Casou-se com Anna Pimentel de Barros. Com ela, teve sete filhos, dos quais sobreviveram três: Maria do Carmo (Carmita), Generalino e General.
De Alto Rio Doce, foram residir em Guarabiába, então distrito de Piranga. Naquela cidade ficaram até 1914, quando, como professor, foi transferido para Manhuaçu.
Em Manhuaçu residiu primeiro, na Travessa Dolabella, ao lado da Matriz. Mais tarde, adquiriu uma casa na então chamada Rua São José, onde viveu ao lado da esposa até a morte dela, continuando depois com os filhos, genro e netos, até a época em que realizou suas segundas núpcias, unindo-se a D. Adolphina Augusta, passando a morar na antiga Rua Santo Antônio.
Católico praticante, rezava o terço todas as noites, cumpria os seus deveres de cristão. Organizou a conferência de São Vicente de Paulo, da qual foi secretário e depois Presidente. Era amigo íntimo do então vigário Padre José Maria Gonzales e do Exmo. Sr. Bispo de Caratinga, Dom Carloto Fernandes da Silva Távora.
Fundou o Asilo de Idosos de Manhuaçu que funcionava na atual Rua Monsenhor Gonzalez. Era uma casa modesta, com mobília simples. O Segundo asilo funcionou numa casa à Rua Júlio Bueno, sob a direção do Professor Manoel José do Carmo, que tinha o sonho de construir um prédio que oferecesse mais conforto e espaço para abrigar melhor os nossos velhinhos que estavam sem o apoio de suas famílias. Homem caridoso, que sempre foi, enquanto não conseguia concretizar seu ideal de construir um prédio, transferiu o Asilo para a chácara de propriedade do Sr. Juca Faria. Mais tarde veio realizar o seu sonho, construindo, na Rua Frederico Dolabela, o Asilo São Vicente de Paula.
Em 1924, instalado o Grupo Escolar de nossa cidade, foi nomeado o seu primeiro Diretor, ali permanecendo até aposentar-se em 1929. Casou-se com D. Adolfina em 1937, com quem teve três filhos: Maria-Eulália, Luiz Gonzaga e Emanuel.
Aqui em Manhuaçu, sempre mereceu respeito, admiração e amizade de todos que o conheceram. Era chamado de Professor Manoel do Carmo ou, simplesmente, Professor.
Anos depois, estando em Belo Horizonte, foi ao hospital onde nascera um seu bisneto. Na volta, passando pelo Parque Municipal e tentando atravessar a rua da Bahia, sofreu um atropelamento que abalou o seu estado físico, o que resultou na sua morte aos 84 anos. Era o dia 3 de setembro de 1950. Está enterrado no cemitério do Bonfim, naquela Capital.
Seus descendentes: Carmita Albuquerque (Professora, falecida), Generalino Barros do Carmo (Dentista BH), General Barros do Carmo (Médico - Juiz de Fora), Maria Eulália do Carmo (Psicóloga - Juiz de Fora), Luiz Gonzaga do Carmo (Comerciário - Manhuaçu), Emanuel Augusto do Carmo (Escrivão - RJ), deixando ainda 15 netos e 23 bisnetos.
Fonte:
_MANHUAÇU DE ONTEM E SEMPRE; Márcia Reguete de Barros, Adeuslyra Corsetti e
D. Ilza Campos Sad. Câmara M. de Manhuaçu/ Presidente Glauco Nascimento de Macedo, 1995.
Pesquisa e Organização: Thomaz Júnior
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