A Academia Municipalista de Letras de Manhuaçu realizou sessão solene no dia 26 de abril, deste ano, para homenagear o saudoso Professor Manoel do Carmo, patrono de uma das Cadeiras Intelectuais da Academia de Letras.
A sessão dirigida pelo presidente Sebastião Fernandes, contou com a presença dos Acadêmicos de Manhuaçu, familiares do professor Manoel do Carmo e convidados especiais, acorrendo diversos pronunciamentos revelando fotos históricas da vida do homenageado que se perpetuou, para sempre.
AGRADECIMENTO
Tomada pela emoção, a senhora Maria Eulália do Carmo, filha do professor Manoel do Carmo, agradeceu as homenagens atribuídas ao seu pai, pela Academia de Letras de Manhuaçu ao dizer:
“Ilmo. Presidente da Academia de Letras de Manhuaçu, Sebastião Fernandes, Senhores membros da Academia de Letras de Manhuaçu, autoridades presentes, senhoras e senhores.
O Evangelho de São Lucas conta que, certa vez, Jesus curou 10 leprosos ao mesmo tempo, e apenas um dos que foram curados, voltou para agradecer-lhe, dando glórias a Deus em alta voz. Parece que Jesus quis marcar para nós a importância do do agradecimento, desse ato livre de amor, desse ato cristão; E perguntou ao que voltara: "Não foram 10 os curados? Onde estão os outros nove?"
Por esta razão, lembrando dessa passagem biblica, estou aqui, também na mais alta voz que a emoção me permitir, em nome da família de meu pai para agradecer de coração aquilo de bom, de alegria, de saudade, que recebemos hoje: Que é a confirmação de que, os laços que unem nossa família, não são os do sangue, mas do respeito, do amor verdadeiro mais espiritual do que material, da alegria pela vida um do outro. Estamos revivendo e confirmando nesta noite o amor que o professor Manoel do Carmo nos deixou: Um amor que não é egoísta, nem agressivo, mas que perdoa, não discrimina. Aqui estão seus descendentes de três famílias diferentes e ao mesmo tempo iguais: sua neta a acadêmica, Alcy que nos trouxe José; seus filhos Emanuel e esta que lhes fala; seus Bisnetos Katia e Sérgio que nos trouxeram Ari e Marina, sua enteada Ruth, e sua nora Maria, juntos estamos provando que entre nós há uma aceitação incondicional, mútua, onde nunca houve lugar para quaisquer preconceitos. Temos uma profissão de fé que nos une e reforça a cada dia o amor, pois, somos frutos dessa fé e desse amor.
Acreditamos que outra família similar a esta terrena, neste momento, vibra, festeja, celebra, alegra-se junto ao Deus Pai e ao pai Manoel do Carmo; E compartilha agora, da nossa emoção, da nossa alegria e entra em comunhão conosco para ratificar a nossa gratidão. Lá estão Cláudio, Claudinho, César, Romualdo, Carmita, Abilio, Isidro, Isidrinho, Andreza, Ana, Luiz Gonzaga, Badica, Sebastião, Francisquinho, Alcemar, Adolfina, Paulo Emílio, Sérgio Fernando, Felipe, Ester.
E em nome da família da terra e da família do céu, agradeço à Academia de Letras de Manhuaçu essa homenagem, aos amigos presentes e a todos que prestigiaram este evento. Agradeço a todos pela oportunidade de trazer do passado a lembrança de alguém que está sempre presente na nossa vida, no nosso coração e em nossas orações.
Ao finalizar, parafraseando um orador grego, faço a cada um de vocês, sem nenhuma modéstia, um convite: ‘convido-te a mirar na vida deste homem como um espelho e pegar dele o exemplo para ti mesmo’. Muito obrigado!”
(Artigo publicado no Jornal Tribuna do Leste, em edição de 01/06/1997, p. 11).
Pesquisa e digitalização: Thomaz Júnior
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