segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Matipó implanta Programa Jovens Mineiros Sustentáveis


 Está em andamento em Matipó o Programa de Educação Ambiental "Jovens Mineiros Sustentáveis", realizado a partir de parceria entre a Administração Municipal e o Governo do Estado.

Os alunos participantes desenvolvem diversas atividades relacionadas ao consumo consciente de água e de energia, cidadania, gestão de resíduos sólidos e educação humanitária para o bem-estar animal. A Nutricionista Kênia Lemos, da Secretaria M. de Educação, pontua os benefícios deste programa para os jovens de Matipó, acompanhada da Secretária M. de Meio Ambiente e de Agricultura, Arachele Rosa, e da Coordenadora de Vigilância Sanitária, Dra. Rafaela Coelho.

Thomaz Júnior / Tribuna do Leste.

Acesse: tribunadoleste.com.br

sábado, 27 de agosto de 2022

Projeto incentiva jovens a buscar a profissão dos sonhos em Manhuaçu


 MANHUAÇU (MG): Realizado na Escola Estadual Antônio Welerson, o Projeto Aptidão incentiva aos alunos do Ensino Médio a buscar a profissão dos sonhos.

Professora Marisa Barbosa, idealizadora desta ação, fala sobre a iniciativa.

Thomaz Júnior/ Tribuna do Leste.

Acesse: tribunadoleste.com.br

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Capacitação sobre agroindústria em Manhuaçu


 Na tarde desta terça-feira, 23/08, agricultores de onze municípios da região participaram de capacitação sobre agroindústria, em Manhuaçu.

O encontro foi organizado pela EMATER/ Regional de Manhuaçu e abordou questões importantes relacionadas à cadeia de produção e de comercialização, visando a geração de renda e emprego no meio rural. Thiago Braga, Coordenador Técnico da EMATER, pontua que estes investimentos na propriedade são acessíveis para agricultores de pequeno porte.

Thomaz Júnior/ Tribuna do Leste

Acesse: tribunadoleste.com.br

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Palestra sobre cultivo e mercado do abacate

A EMATER de Manhuaçu realiza nesta quinta-feira, 25/08, palestra sobre cultivo e mercado de abacate para agricultores do município.
Gratuita, a capacitação será ministrada por Professor Carlos Eduardo, Engenheiro Agrônomo e Doutor pela UFV, às 17h no anfiteatro da Câmara de Vereadores.

Thomaz Júnior

terça-feira, 23 de agosto de 2022

Sindicato dos Trabalhadores Rurais atende agricultores com a Declaração do ITR 2022 em Manhuaçu

  Começou o período para entrega da declaração do ITR (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural) de 2022. Para auxiliar os agricultores familiares com este procedimento e mantê-los em situação regularizada junto à Receita Federal, o STTR Manhuaçu (Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais) já está disponibilizando este atendimento, com equipe plenamente capacitada.

O Presidente do Sindicato, Marco Antônio Domingos, destaca que esta Declaração é importante para os agricultores familiares, em diversos aspectos, especialmente para quando for necessário acionar a Previdência Social.

Para atendimento mais rápido, Marco Antônio orienta aos trabalhadores e trabalhadoras rurais para que façam o agendamento, ligando para os telefones 33 3331 1480 e o WhatsApp 33 9 9909 3394. ‘Com o agendamento, os associados terão preferência de atendimento, com o horário devidamente reservado. Se a pessoa preferir ir diretamente ao sindicato, sem agendar, não tem problema; porém, deverá aguardar os que estão agendados’, comentou.

Em relação à documentação, é importante que os agricultores apresentem guias de café, notas fiscais de compras de insumos e documentos pessoais, além de prestar informações sobre a gestão na propriedade, como alterações no número de pessoas que trabalham no local, a compra ou venda de terreno, etc.

Marco Antônio ressalta que, embora a apresentação não seja necessária em casos de imóveis rurais considerados imunes ou isentos pela Receita Federal (em geral, pequenas glebas rurais, assentamentos de reforma agrária, comunidades e remanescentes quilombolas reconhecidos), o documento é necessário para fins previdenciários. ‘O ITR é um dos principais documentos que vai comprovar atividade rural. Uma vez que o agricultor deixa de fazer esta declaração ele fica em débito com os documentos que ele precisará apresentar na Previdência Social. O prazo segue até 30/09. Os agricultores devem estar atentos para evitar multa e o risco de perder acesso a algum benefício, em razão de não fazer esta declaração’, alertou.

(Thomaz Júnior)

 

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Busto dos Pioneiros, o ‘Bandeirante’ de Manhuaçu faz 62 anos

  Nesta data em que se celebra o Padroeiro São Lourenço, registra-se também os 62 anos de inauguração do busto em homenagem aos pioneiros de Manhuaçu, conhecido ‘Bandeirante’, instalado na Praça 05 de Novembro, no centro da cidade.

A obra foi inaugurada em 10 de agosto de 1960, na gestão do então Prefeito Antônio Xavier (in memoriam). Ele fica sobre uma base piramidal de 2,45 metros de altura.

O busto homenageia o Bandeirante Domingos Fernandes Lana e a todos os desbravadores e líderes que tiveram participação na formação do município e aos grandes administradores de Manhuaçu. O monumento original trazia referência aos índios, os primeiros habitantes desta terra, em uma base paralela à do bandeirante. No entanto, no decorrer das reformas do monumento, esta outra estrutura foi suprimida, ficando a referência visual dedicada somente ao desbravador que porta a bandeira.

Saiba mais: https://blogdothomazjr.blogspot.com/2019/01/o-bandeirante-o-busto-e-seus-enigmas-na.html 






quarta-feira, 10 de agosto de 2022

11º Batalhão de Polícia Militar completa 59 anos em Manhuaçu

 O 11º BPM (Batalhão de Polícia Militar) está completando 59 anos de existência, na mesma data em que Manhuaçu celebra o Padroeiro São Lourenço: 10 de agosto. Com programação especial na cidade, a Sentinela do Caparaó realizará solenidade nesta terça-feira, 09/08, véspera de feriado, às 16h, em alusão à passagem da importante data.

Comandado pelo Tenente-coronel Luciano Correia dos Reis, o 11º BPM foi oficialmente instalado em Manhuaçu no dia 10 de Agosto de 1963, funcionando provisoriamente no prédio do antigo ginásio, na Rua Professor Juventino Nunes, na área central, durante três meses.

Posteriormente, a unidade passou a ter novo endereço, estabelecendo-se no antigo depósito de café que pertencia à Empresa Estrada de Ferro Leopoldina, onde permaneceu até 10 de Janeiro de 1971.

A partir deste período, o Batalhão se transferiu para o local onde se encontra a sede atual, no Bairro São Jorge, às margens da BR-262, passando por completa estruturação. A unidade é subordinada ao comando da 12ª RPM (Região de Polícia Militar), com sede em Ipatinga.

O 11º BPM conta atualmente com quatro Companhias Operacionais: 29ª Cia. PM (sede Manhumirim), 72ª Cia. (Manhuaçu) e 272ª Cia. (sede Abre Campo), sendo estas três com responsabilidade de área, e a 273ª Cia. (Tático Móvel), com responsabilidade de cobrimento em todos os municípios que integram o batalhão.

O Batalhão em Manhuaçu tornou-se conhecido como a “Sentinela do Caparaó” após o bem sucedido trabalho desempenhado na captura dos guerrilheiros que atuaram na Serra do Caparaó, em 1967.

A unidade é composta por mais de 400 profissionais de segurança pública, atuando em 24 municípios da região da Leste de Minas.

No aspecto social, o 11º BPM participa de diversas ações, como campanhas de doação de sangue, arrecadação de agasalhos e alimentos, apoio à formação de jovens com o Instituto Caminhar de guarda-mirim, além de promoção de ações preventivas sobre trânsito, segurança e combate às drogas, entre outras.

 (Thomaz Júnior)










 

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Igreja de Santo Antônio completa 62 anos em Manhuaçu

A Igreja de Santo Antônio, localizada no bairro de mesmo nome, em frente ao Estádio Municipal Juscelino Kubitschek, em Manhuaçu, completou 62 anos nesta segunda-feira, 08/08.

Com uma história que retrata esforços constantes dos fiéis para sua manutenção, a Igreja passou por reformas estruturais que lhe concederam novo visual, segurança e conforto no decorrer dos anos.

Fundada em 08 de Agosto de 1960, a Igreja de Santo Antônio, antes denominada Capela, teve como pioneiros fiéis que se organizaram, utilizando do espaço pertencente à Matriz de São Lourenço.

Consta que os padres da época não eram favoráveis à construção, devido à proximidade do local com a Igreja Matriz de São Lourenço, pois, o propósito era construir igrejas em locais mais distantes, sobretudo em comunidades rurais.

Diante deste cenário, algumas pessoas religiosas da época se empenharam e conseguiram autorização do Bispo para iniciar a construção.

Após anos de campanhas, doações, colaborações de pessoas de diversos segmentos de Manhuaçu, a pequena capela foi concluída. Dentre os pioneiros, destacam-se, entre outros: Rafael Pereira Filho (Senhor Faé/ Presidente da Comissão de Construção), Durvalina Pereira Faustino (Tesoureira) e esposo Valdécio Faustino, Saulo Campos Brandão e esposa Penha Vargas Brandão, Maria da Glória Teixeira Cerqueira (Glorinha) e esposo, Maninho da prefeitura, Lucas Inácio Elioteclides (Mestre de Obra), José Paulino, José Cicarini Sobrinho (Dizinho), Antônio Sathler Filho (Thomé) e esposa Luiza Hott, Vicente de Paula Reis (Posto Saúde), D. Lilita Damásio, Ituízio Carneiro, Joel Argentino Batista, Jovino Inácio Eloiotéd (Oficial de Justiça), Wallame Polck Dornellas (Lany), Ataíde Soares (Neném Foiçada), Euclides Delogo, Osmar Rosa Santos (Kanela) e Gercerico Marques Oliveira.

Nos dois primeiros anos de funcionamento, presidiram celebrações de Santa Missa os Padres Júlio Pessoa Franco, Pedro Pereira, Dr. Luiz Augusto Paes Barreto e Afonso Hans.

(Thomaz Júnior, c/ informações da Coordenação da Igreja)

Veja também: https://blogdothomazjr.blogspot.com/2010/08/igreja-de-santo-antonio-completa-50.html 






domingo, 7 de agosto de 2022

Manifesto de proclamação da Confederação do Equador

02 de Julho de 1824: "Brasileiros. - A salvação da honra da pátria, e da liberdade, a defesa de nossos imprescritíveis e inalienáveis direitos de soberania, instam, urgem e imperiosamente comandam que com laços da mais fraterna e estrita união, nos prestemos recíprocos auxílios para nossa comum defesa.

É inato no coração do homem o desejo de ser feliz, e este desejo, como princípio de toda a sociabilidade, é bebido na natureza e na razão, que são imutáveis; para preenchê-lo é indispensável um governo que, dando expansão e coordenando todos os seus recursos, eleve os associados àquele grau de prosperidade e grandeza que lhe estiver destinado nos planos da Providência, sempre disposta em favor da humanidade. Reconhecendo estas verdades eternas, adotamos o sistema de governo monárquico representativo e começamos nossa regeneração política pela solicitude de uma soberana assembléia constituinte de nossa escolha e confiança.

Antes que se verificassem nossos votos e desejos fomos surpreendidos com a extemporânea aclamação do imperador; subscrevemos a ela tácita, ou expressamente, na persuasão de que isso era conducente a nossos fins, porque envolvia em seus princípios a condição de bem servir à Nação.

Reuniu-se a soberana assembléia, e quando nos parecia que havíamos entrado no gozo de nossos inauferíveis direitos, e apenas tinha ela dado principio à organização de nosso pacto social, vimos que o Imperador, postergando os mais solenes juramentos, e os mesmos principios que lhe deram nascimento político, autoridade e força, insultou caluniosamente o respeitável corpo que representava a nova soberania, e desembainhando a homicida espada de um só golpe fez em pedaços aquele soberano corpo o dilacerou seus membros!

Não é preciso, brasileiros, neste momento fazer a enumeração dos nefandos procedimentos do imperador, nem das desgraças que acarretamos sobre nossas cabeças por havermos escolhido, enganados, ou preocupados, tal sistema de governo e tal chefe do poder executivo! Vós todos, e todo o mundo que os têm observado, os conhecem e enumeram; porém, conquanto estivessem prevenidos na expectativa de males, nunca a ninguém podia passar pela idéia, talvez como possibilidade que, o imperador havia trair-nos, e abandonar-nos ao capricho de nossos sangrentos e implacáveis inimigos lusitanos, no momento em que teve notícia de estar fazendo-se à vela a expedição invasora! E é crivei que não fosse preparada de acordo com ele? É possível, mas não provável.

Na portaria, que abaixo transcrevo, tendes, ó brasileiros, uma prova indelével de quanto devemos ao perpétuo defensor do Brasil, e que jamais ousamos pensar! Nela vereis nímio temor de reações internas (efeitos da consciência do mal que tem obrado), vergonhosa confissão de fraqueza em recursos pecuniários, exército e esquadra; e alfim dizer "É indispensável que cada província se valha dos próprios recursos no caso de ataque!" Acredita-lo-eis vindouros! Não tem recursos uma capital que e o empório e receptáculo de quase todas as rendas de oito províncias, que de todas as outras tem tirado quanto tem podido em dinheiro, efeitos e construções navais; e há de ter recurso cada uma província isolada?

Brasileiros! salta aos olhos a negra perfídia, são patentes os reiterados perjuros do imperador, e está conhecida nossa ilusão ou engano em adotarmos um sistema de governo defeituoso em sua origem, e mais defeituoso em suas partes componentes. As constituições, as leis e todas as instituições humanas são feitas para os povos e não os povos para elas. Eia, pois, brasileiros, tratemos de constituirmos de um modo análogo às luzes do século em que vivemos; o sistema americano deve ser idêntico; desprezemos instituições oligárquicas, só cabidas na encarnecida Europa.

Os pernambucanos, já acostumados a vencer os vândalos, não temem suas bravatas; doze mil baionetas manejadas por outros tantos cidadãos soldados de primeira e segunda linha formam hoje uma muralha inexpugnável; em breve teremos forças navais, e algumas em poucos dias.

Segui, ó brasileiros, o exemplo dos bravos habitantes da zona tórrida, vossos irmãos, vossos amigos, vossos compatriotas; imitai os valentes de seis províncias do norte que vão estabelecer seu governo debaixo do melhor de todos os sistemas - representativo -; um centro em lugar escolhido pelos votos dos nossos representantes dará vitalidade e movimento a todo nosso grande corpo social. Cada Estado terá eu respectivo centro, e cada um destes centros, formando um anel da grande cadeia, nos tomará invencíveis.

Brasileiros! Pequenas considerações só devem estorvar pequenas almas; o momento é este, salvemos a honra, a pátria e a liberdade, soltando o grito festivo - Viva a Confederação do Equador! - Manoel de Carvalho Paes de Andrade, Presidente."

Fonte: (DHnet - Direitos Humanos na Internet)

02 jul. 1824

sábado, 6 de agosto de 2022

Conselho busca continuidade de instalação de lixeiras nas comunidades rurais de Manhuaçu

 Na reunião desta segunda-feira, 1º de agosto, o CMDRS Manhuaçu (Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e Sustentável) reforçou a importância da continuidade da instalação de lixeiras nas comunidades rurais, visando a preservação ambiental e a saúde pública, juntamente com outras questões relacionadas ao bem-estar da população.

No encontro marcado pelo retorno da Presidente Águeda Diniz, que se encontrava licenciada em razão de gestação, os conselheiros assistiram palestra sobre análises de solo e de folhas, ministrada pelo Extensionista da EMATER, Paulo César, e trataram sobre a instalação do siderbrita em pontos críticos das estradas, por parte da Administração Municipal. Entre os presentes, o Secretário M. de Agricultura e Meio Ambiente, Sandro Tavares.  

Sobre a produção cafeeira do município, a Presidente do CMDRS, Águeda Diniz, destacou que ‘tivemos a palestra do extensionista da EMATER, Paulo Cesar, sobre análise de solo e folhas, esclarecendo para os conselheiros sobre as melhores épocas para a se fazer as análises. O intuito é que os conselheiros levem este conhecimento para suas comunidades, e, se for o caso, que organizem palestra da EMATER em suas comunidades para levar estas informações. Muitos conselheiros ainda estão envolvidos com a safra do café, mas, as demandas trazidas aqui foram colhidas e encaminhadas para que sejam tomadas as providências necessárias para a efetivação de seus atendimentos’.

Em relação a instalação das lixeiras, o Vice-presidente do Conselho, Raimundo Roberto, relatou que ‘este é um projeto do SAMAL e do CMDRS em que foram instaladas lixeiras em diversas comunidades. Estas atividades ficaram paralisadas por um tempo, e, agora, estão para retornar. Nos locais onde foram instaladas, as lixeiras apresentaram resultado positivo, sem sujeira ao redor, tudo devidamente fechado, sem aquele negócio de o cachorro chegar e retirar o lixo, espalhando tudo. É um trabalho ótimo que terá continuidade, e, agora, estamos propondo que a mão-de-obra fique por conta dos conselheiros, ajudando o SAMAL com estas instalações. Então, formalizaremos esta proposta à autarquia solicitando também a disponibilidade de alguém para orientar estas instalações’.

(Thomaz Júnior)








 

 

 

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Manhuaçu vai à guerra!

Manhuaçu na Revolução de 1930 Revolução de 1930

 

 Na República Velha, havia uma aliança entre as lideranças políticas de Minas Gerais e São Paulo para a alternância no poder, conhecida como “política do café com leite”. Em um pleito, São Paulo indicava o candidato a Presidente da República; no outro, era a vez de Minas Gerais. Em 1929, Minas quem indicaria o candidato, mas São Paulo rompeu o acordo e as lideranças políticas paulistas lançaram Júlio Prestes. Em resposta à afronta, o Presidente de Minas Gerais, Dr. Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, hipotecou apoio ao candidato gaúcho Getúlio Vargas.

Em 1° de março de 1930, realizou-se a eleição. A vitória foi do candidato governista Júlio Prestes. Porém, ele não tomou posse, em virtude do golpe de estado desencadeado em 3 de outubro de 1930, conhecido como “Revolução de 1930”. O candidato vitorioso Júlio Prestes foi preso e exilado, ao término do levante, que durou exatamente um mês, patrocinado pela Aliança Liberal formada pelos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba.

 Em 3 de novembro de 1930, data que marcou o fim da República Velha, o candidato derrotado Getúlio Vargas assumiu a chefia do Governo Provisório e passou a governar sob o regime de ditadura.

 

MINAS GERAIS

 

 Em Minas, a Revolução teve duas frentes de comando: uma em Barbacena e a outra em Juiz de Fora, área da 4ª Região Militar e do 12° Regimento de Infantaria. Havia núcleos de combatentes em todas as cidades importantes de cada região do Estado.

 Em Manhuaçu foi criado o Comando Revolucionário sob a liderança do célebre e temido Delegado de Polícia Capitão José Machado da Silveira (o Capitão Machado), oriundo do 12° RI, A primeira providência do Capitão Machado foi encontrar lugar para abrigo do Pelotão Revolucionário. Com plenos poderes para agir, respaldado pelo comando regional de Juiz de Fora, o Capitão Machado decidiu requisitar o prédio do Hospital César Leite para servir de Quartel General da força revolucionária de Manhuaçu. Ele só não contava com a bravura de um pernambucano, cheio de coragem e honradez que, enfático, foi logo dizendo: “No hospital, não! Toda guerra precisa de hospital para tratar os feridos. Vai colocar seu quartel general noutro lugar! Tem igrejas, escolas, galpões... No hospital, não”!

Diante da resistência indômita do Dr. João César de Oliveira Leite, o Capitão Machado acabou escolhendo para Quartel General um galpão onde atualmente se localiza a Casa Paroquial e a alimentação da tropa ficou a cargo da pensão de Dona Alzira Badaró, localizada ao lado da Igreja da Conceição, no bairro Coqueiro.

 Contando apenas com 16 soldados, o Capitão Machado, alegando ter recebido ordens para invadir o Estado do Espírito Santo, que na Revolução ficou ao lado de São Paulo, passou à segunda fase de sua missão: recrutar jovens entre 18 e 25 anos para a luta armada.

 

RECRUTAMENTO

 

 As famílias entraram em desespero. As mães pressionavam os maridos a não deixarem os filhos partirem para a luta armada. Rapazes fugiam e se escondiam nas matas existentes naquela época. Assim, a coisa ficou mais preta ainda. Prevendo uma debandada geral, o Capitão Machado baixou um decreto revolucionário: Quem se recusar a se alistar será fuzilado!

 Do Córrego da Sinceridade, onde residia Sylas Heringer, foram recrutados, além dele, os seguintes jovens: Oliveiro Heringer, seu irmão, Gentil Eller, José Andrade Porto e José Perroud.

 Sylas Heringer narra em sua autobiografia: “Na correria para cumprir a convocação, apresentamos ao Comando Supremo descalços, pois não houve tempo para comprar botinas. Inicialmente, fui designado para render guarda na Cadeia, onde hoje se ergue o Paço Municipal".

 O Capitão Machado formou um pelotão de 221 recrutas para invadir o Espírito Santo e o destacamento militar ficou para manter a ordem e proteger a cidade de um eventual ataque capixaba.

 


EMBARQUE

 

 No dia 12 de outubro de 1930, numa tarde de domingo, o Capitão Machado perfilou a tropa em frente à Igreja Matriz, onde hoje é a Praça Cordovil Pinto Coelho, para a marcha até à Estação Ferroviária, onde um trem especial levaria o pelotão revolucionário até Dores do Rio Preto, na divisa de Minas e Espírito Santo.

 Depois de cantar o Hino Nacional e hastear a bandeira, a coluna seguiu marchando para a Baixada. A marcha era dantesca: Mães choravam e imploravam pelos filhos que iam para o campo de batalha.

Em sua autobiografia, Sylas Heringer descreve: “Lembro, em particular, da senhora mãe do Teócrito Nagle que, no local onde hoje é a Casa de Cultura, num ímpeto, avançou sobre a coluna e abraçou com o filho, chorando e gritando desesperadamente: _Não vou deixar vocês levarem meu filho para a morte”!

 Depois de uma longa demora, os revolucionários de Manhuaçu, enfim, conseguiram embarcar rumo ao Espírito Santo. Nos vagões os jovens cantavam e faziam uma tremenda algazarra. Pareciam que iam para um piquenique e não para a luta armada.

 À noite, o pelotão chegou em Espera Feliz e foi alojado num cinema. A comida, feita às pressas em tacho de cobre mal lavado, ocasionou diarreia em mais da metade dos combatentes.

 Na madrugada de segunda-feira, dia 13 de outubro, o pelotão embarcou no trem que o levou até o arraial de Dores do Rio Preto. Ali a tropa desembarcou e preparou para invadir o Estado vizinho.

 Em sua autobiografia, o Professor Sylas Heringer narra a invasão: “Usando métodos de combate e armados de carabinas no lugar de fuzis, preocupados em encontrar resistência, avançávamos às vezes agachados e até rastejando e, ao aproximarmos da ponte férrea, verificamos a ausência de qualquer resistência da parte dos invadidos; pelo contrário, o clima era de tranquilidade. Então, embarcamos no trem especial novamente e rumamos para o município de Guaçuí, onde tomamos a cidade sem nenhuma reação da parte das tropas capixabas”.

 Em Guaçuí, assumiu o comando geral da tropa revolucionária o Capitão P. L. Magalhães Barata, militar enérgico e treinado em guerra de guerrilha. A primeira providência que tomou foi prender o destacamento policial na cadeia local e destituir dos cargos o prefeito, o vice-prefeito e os vereadores. Capitão Barata dividiu o pelotão em duas patrulhas: uma permaneceu mantendo a ordem e a outra foi levada até ao alto de uma colina em Celina, ponto estratégico para vigiar a estrada de ferro e as trilhas de acesso à cidade. Lá embaixo, ao longe, a patrulha divisou uma multidão de civis que fugia da guerra, subindo por uma lavoura de café tentando alcançar a floresta, onde buscaram abrigo. O Comandante, ávido para entrar em combate, deu a ordem: “Vamos atacá-los de surpresa!”. Sylas Heringer narra esse episódio em sua autobiografia: “Ponderei com o comandante da patrulha que ali estavam mães aflitas, crianças e velhos apavorados e nós devíamos poupar munição para o ataque aos contrarrevolucionários.” A maioria dos milicianos concordou com Sylas e então o comandante decidiu que a patrulha deveria ficar no posto de observação. Veio a noite e com ela uma neblina intermitente e fria. O comandante destacou Sylas e seu primo Gentil Eller como sentinelas, no topo de um talude da linha férrea, com instruções pra não deixar ninguém passar. O restante da tropa foi dormir. Foi uma noite terrível, pois eles estavam viajando em vagões que transportaram açúcar e o corpo melado atraía todo tipo de pernilongo. A chuva fina engrossou e surgiram trovões e relâmpagos, por um lado foi bom porque lavou o melado do corpo. Entretanto, a chuva trouxe um frio cortante e, com fome, ninguém conseguiu dormir direito.

Os contrarrevolucionários capixabas não apareceram e, no dia seguinte, uma camionete trouxe café e broa de milho para a patrulha, retornando os combatentes à cidade de Guaçuí.

 

DIFICULDADES

 

Em Guaçuí reinava grande movimentação de pessoal de toda a ordem, voluntários sem a menor noção do que era o movimento revolucionário. Os irmãos Sylas e Oliveiro foram colocados em pelotões separados. Sylas na linha de frente para combater os capixabas enquanto Oliveiro foi encarregado de comandar o destacamento responsável pela guarda do vagão de armas e munições. Quando o pelotão de Manhuaçu estava se preparando para avançar até à cidade de Alegre, eis que chega uma patrulha de Manhumirim comandada pelo Delegado José Pulsino e seu bate-pau Horácio Munheca, trazendo presos os soldados capixabas do destacamento de Rio Pardo, entregues sob a guarda do Capitão Barata que trancafiou-os na cadeia pública. Temendo um motim dos soldados capixabas, o Capitão Magalhães Barata destacou Sylas Heringer e mais dois soldados para montar guarda na Cadeia Pública. Isso atrasou o pelotão de Manhuaçu em sua marcha rumo à capital Vitória. Sorte dos soldados capixabas, que presos sem água e famintos, tiveram a complacência de Sylas Heringer, que ordenou a um de seus comandados que trouxesse água para os presos. Em seguida, foi até à padaria que havia perto da prisão e comprou um quilo e meio de salame fatiado e trinta pães, que distribuiu com os presos para matar a fome. Com isso, os presos se acalmaram e esperaram com paciência o desfecho da situação.

 No dia seguinte, o pelotão de Manhuaçu já estava embarcado no vagão de passageiros, quando o Capitão Barata deu a ordem para que todos tirassem a munição das carabinas. Aí aconteceu a tragédia, a primeira baixa no pelotão. Enquanto os combatentes esvaziavam as armas, de repente ouviu-se um tiro e o soldado Mário Câmara caiu ferido sobre um banco. Todos pensaram que o trem estava sendo atacado e, num tumulto ensurdecedor, os soldados recarregavam as armas e se colocavam a postos para revidar o ataque, só então que se deram conta de que o soldado Câmara havia se ferido por um próprio companheiro, num “fogo amigo”. A bala atingiu a têmpora direita e saiu pela esquerda e vazou pelo teto do vagão, deixando dois orifícios jorrando sangue.

 Foi um tremendo alvoroço. O Capitão Magalhães Barata entrou no vagão aos berros, ameaçando fuzilar quem fez aquilo. O autor do disparo era conhecido como Ataíde Jornaleiro. Mais uma vez a partida para Alegre foi adiada.

 Esse episódio foi o mais difícil de todos. É o próprio Sylas Heringer quem narra em sua autobiografia: “O Capitão Barata esvaziou os vagões e colocou o pelotão em prontidão na plataforma da estação férrea, até registrar a ocorrência fatídica. Na plataforma da estação ficamos em coluna de dois, aguardando novas ordens. Sem dormir, cansado e com fome, em pé ali em posição de sentido, apareceu um calor estranho no alto da minha cabeça. Então eu falei com o Gentil Eller: _Estou passando mal, acho que vou desmaiar!” Ele virou para mim e disse: “Poxa, você está muito pálido!” Não vi mais nada, quando acordei o Capitão Barata estava desabotoando a minha camisa e já tinha tirado o meu calçado. Um farmacêutico ao meu lado preparava uma injeção de óleo canforado, que aplicou no meu braço esquerdo. O Capitão Barata ajudou-me a levantar e sentou-me num banco da Estação e ordenou-me que entregasse a arma e toda a munição a um ajudante de ordens; deu-me uma xícara de café bem forte e quente e me recuperei rapidamente. Liberou-me de qualquer atividade naquele dia e ordenou-me que fosse ao médico da cidade”.

 

CABO SYLAS

 

Em 1996, Professor Sylas Heringer 
prestigia evento de Enfermagem, no 
CTPM Manhuaçu.

    Finalmente o pelotão de Manhuaçu conseguiu embarcar para Alegre, alojando-se num prédio velho e inacabado. Em sua autobiografia Sylas Heringer narra os acontecimentos em Alegre: “À tarde do dia da chegada em Alegre, nos apresentamos ao comandante daquela cidade, cujo nome não me lembro mais. O comandante nos colocou perfilados e em posição de sentido. Ordenou que eu me apresentasse e, diante do pelotão, colocou uma divisa de cabo no meu braço esquerdo e disse: “Elevo o soldado Sylas Heringer a cabo e o nomeio comandante do destacamento policial de Alegre e ele deverá, juntamente com uma escolta de dez homens, manter guarda na cadeia pública onde estão os presos políticos e responder pela manutenção da ordem pública na cidade.” Ato contínuo, seguimos eu e os dez companheiros, juntamente com o comandante, para assumir a cadeia. Lá chegando, fizemos o inventário dos presos, cela por cela, e havia uma cela que só tinha um preso. Devia ter alguma importância, porque o comandante me ordenou: _Esse aí, ao primeiro ato de rebeldia, você pode fuzilá-lo dentro da cela mesmo!” Arrisquei uma pergunta: _O que ele fez?

O comandante respondeu: “Recebeu um vagão de nossos revolucionários à bala, descarregando vários tiros de carabina e gritando: _Viva Júlio Prestes!”.

 O povo de Alegre era simpatizante da causa revolucionária e recebeu o Pelotão de Manhuaçu com a maior cordialidade, porque a cidade havia aderido ao comando revolucionário de Minas contra seus próprios políticos. Ofereciam comida aos soldados e à noite seresteiros e as moças do lugar iam cantar em frente ao alojamento a marchinha “Taí”, primeiro lugar nas paradas das emissoras de rádio. Não parecia uma guerra, parecia mais uma festa. Foi então que a cidade mergulhou num verdadeiro tiroteio de fogos de artifício. Toda a população comemorou a tomada de Vitória e a queda do Presidente do Espírito Santo, Aristeu Borges de Aguiar, aliado dos paulistas.

 

FINAL FELIZ

 

Com a queda do Governo do Espírito Santo, os capixabas aderiram em massa às tropas de Minas e o pelotão de Manhuaçu recebeu reforços de mais de trezentos voluntários. O Comandante estava num dilema: Não havia estrutura para conter tantos combatentes. Foi então que ele teve uma ideia: dispensar os mais antigos e prosseguir com os mais novos. Reuniu todo mundo em frente ao quartel e fez um discurso inflamado, enaltecendo as causas da revolução e agradecendo a grande colaboração que estava recebendo do povo de Alegre. Explicou a ausência de estrutura, como a falta de transporte para tanta gente, bem como roupas, munição, armas e alojamentos, sentia na obrigação de dispensar os combatentes e que ele, Comandante Geral, garantiria o retorno de todos aos seus lugares de origem.

 O Cabo Sylas estava preparando-se para entrar no trem que levaria a tropa de Manhuaçu até Vitória, revisando a mochila e limpando a carabina, quando o Comandante Geral chegou com um voluntário e foi logo dizendo: “Cabo Sylas, entregue sua arma e munição a este voluntário, que irá substituí-lo no pelotão daqui pra frente, pois você será dispensado e poderá voltar para casa. Sua missão daqui para frente vai ser conduzir um soldado que perdeu a memória até à sua família. Você terá salvo-conduto até seu destino”.

 Quando Sylas Heringer viu o soldado que deveria acompanhar, teve que segurar para não soltar uma gargalhada: Era seu futuro cunhado José de Andrade Porto, conhecido como Zizico.

 Assim, a revolução de 1930 terminou para um jovem destemido que mal acabara de completar dezoito anos, mas que, ao longo de sua vida, deixou seu nome gravado na história de Manhuaçu: Professor Sylas Heringer. (Texto: Sebastião Fernandes/ Academia Manhuaçuense de Letras)


Veja também: https://blogdothomazjr.blogspot.com/2013/06/revolucao-de-1930-manhuacu-vai-guerra.html

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

5ª Festa do Trabalhador Rural de Luisburgo resgata Concurso Rainha do Café

 Em animada programação no final de semana, realizada a 5ª Festa do Trabalhador Rural de Luisburgo que trouxe de volta toda a emoção e entusiasmo do Concurso Rainha do Café. Realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais, com apoio do comércio local, o evento contou com animados shows musicais, exposição de carros antigos e delícias da cozinha mineira nas barracas da agricultura familiar.

A Presidente do Sindicato, Silvana Damasceno, na abertura oficial do evento na noite de sábado, 30/07, saudou ao grande público presente e acolheu a visita de autoridades da região. Entre os presentes, a ex-prefeita de Manhuaçu, Cici Magalhães; Diretor do Polo Regional da FETAEMG, Vice-prefeito e Presidente do STR de Pedra Bonita, Paulo Natividade Silva, e sua esposa Fabiana; Rainhas do Café de Luisburgo, em edições anteriores: Samara Portilho e Leiliane Ângela, juntamente com os convidados que integraram a Mesa de Jurados: Juliana Labanca, Sandra Cerqueira, Dr. Cleiton (Assessor Jurídico do STR Luisburgo), e Everaldo Garcia, entre outras ilustres presenças.

 

RAINHA DO CAFÉ, CARROS ANTIGOS E SHOWS

 

Momento festivo, que normalmente é embalado por grande expectativa, o Concurso Rainha do Café é realizado com muita dedicação pela Presidente Silvana Damasceno, juntamente com toda a equipe de colaboradores do Sindicato e total apoio do comércio local.

Dezoito garotas concorreram este ano, representando comunidades rurais e a cidade. Em disputado resultado, foi eleita a Rainha do Café 2022, Ramilis Pereira, de 21 anos, residente na cidade. A Vice-campeã foi Patrícia Matos, da Comunidade dos Cristino, e a 3ª colocada foi Nardege Knupp, do Córrego Boa Esperança.

Silvana Damasceno e a Gerente do SICOOB, Débora, entregaram as premiações para as vitoriosas no concurso deste ano. Todas as candidatas foram muito aplaudidas.

Além de Samara Portilho (2013) e Leiliane Ângela (2014), em 2015, foi Rainha do Café, a jovem Júlia Cristina.

Na sequência da programação, animado show musical com Rômulo Santos, embalou a multidão na primeira noite de festas.

No domingo, as atrações se iniciaram mais cedo, às 10h, com Encontro de Carros Antigos. As raridades automotivas chamaram a atenção do público, em clima festivo que integrou a programação da festa realizada pelo Sindicato. Em seguida, logo no começo da tarde, movimentação no palco mais uma vez com a vibração do grupo Chinelo Branco, que agitou o público e marcou em alto estilo o encerramento do evento.

A iniciativa teve apoio da FETAEMG (Federação dos Trabalhadores do Estado de Minas Gerais) e da CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e patrocínio Sicoob Credilivre, Cooxupé e Agrofértil Santiago, e comércio local, entre outros parceiros.

Silvana Damasceno reforçou o agradecimento a todos os colaboradores e ressaltou a importância do evento para o comércio e as famílias do município. Ela evidenciou a grande participação do público e destacou o compromisso do Sindicato com a promoção do bem-estar, qualidade de vida, valorização dos trabalhadores e da agricultura familiar, além do desenvolvimento socioeconômico de Luisburgo.

(Thomaz Júnior)













 

 

 

Recuperandos da APAC Manhuaçu participam de curso de classificação de cafés especiais

Recuperandos da APAC Manhuaçu (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) participaram de um novo treinamento direcionado à área d...