
Inicialmente foram erguidas duas capelas. Uma em honra de Santa Ana, em 1878, em um terreno doado um casal de devotos italianos que estavam entre os primeiros moradores e outra a Santo Antônio, por imigrantes portugueses, terminando por prevalecer e restar apenas a capela dedicada a Santa Ana, que viria a se tornar a padroeira da cidade.
É possível também creditar a ocupação da região justamente a busca pela ocupação que os Estados do Espírito Santo e Minas Gerais promoveram a partir da segunda metade do século XIX. Os capixabas avaçaram da costa até as margens do Rio José Pedro e os mineiros do interior, vindos do sul da zona da mata até a margem do Rio Manhuaçu, e a partir de 1859, tem-se os primeiros conflitos na região, a respeito da jurisdição das províncias de Minas Gerais e Espírito Santo. O povoado de Santana do Manhuaçu ficava bem no limite da região do Contestado do sul do Rio Doce (Disputa de terras entre os estados do Espírito Santo e Minas Gerais), vez que até 1914, persistia controvérsia acerca da Jurisdição Provincial/Estadual acerca dos Municípios vizinhos de Ipanema, Aimorés, Mutum, São José do Mantimento, Lajinha e Chalé, já que a Carta Régia de 1816, que definia as fronteiras entre Minas e Espírito Santo era extremamente imprecisa.
Esse fluxo migratório, ao contrário de muitos que insistem em atribuir à necessidade de abastecimento da região mineradora do ciclo do ouro, deve-se na verdade à decadência do ciclo do ouro em Minas Gerais, pela necessidade de se buscar novas atividades econômicas. Tanto que a região só começa a ser efetivamente povoada nos primeiros anos do Império. Inicialmente a cidade recebe a denominação "Santana" em função de uma das primeiras habitantes da região, uma senhora católica devota de origem italiana que mandou erigir uma capela em honra a Santa Ana.
Cumpre-se salientar que, ao contrário do restante da região, que desenvolveu sua economia com base no trabalho do imigrante, principalmente Alemães, Italianos e Libanes, baseando-se na mescla da agricultura familiar com pequenos núcleos de escravidão, Santana do Manhuaçu constituiu um razoável núcleo de escravidão da região em função de sua lavoura canavieira e cafeeira, apesar de contar também com a imigração Italiana e Portuguesa.
Em 1890, ao se tornar distrito de Manhuaçu, o povoado é denominado Santana. Com a divisão administrativa do estado, em 1911, passa a ser chamado de Santana do Manhuaçu, em uma referência ao Rio que corta a cidade. Em 1943, torna-se distrito de Simonésia até que, em 1962, é emancipado.
Em 1992, a cidade de Santana do Manhuaçu é elevada a sede de paróquia da Diocese de Caratinga, por Dom Hélio Gonçalves Heleno, bispo da diocese.
Aniversário: 20 de Dezembro | Dia 26 de Julho (dia da Padroeira)
Fundação: 1 de Janeiro de 1962
Gentílico: Santanense do Manhuaçu
Fonte: História - Prefeitura de Santana do Manhuaçu - MG (santanadomanhuacu.mg.gov.br)
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