O pioneirismo e visão
empreendedora e ambiental do saudoso Sr. Paulo Augusto Chaves Correia,
conhecido como Paulinho da Fábrica de Velas Santo Antônio, em Manhumirim, tem
sua continuidade com a família, avançando gerações, com compromisso, muito
trabalho e inovação.
Paulinho foi o primeiro
exportador de café orgânico do Brasil, e, na região, destacou-se como um dos
primeiros a lidar com a minhocultura, a criação de minhocas para uso na
agricultura, nos anos 1980.
Em entrevista, Miriam
Corrêa, filha do saudoso empreendedor, acompanhada do sobrinho Matheus, relatou
que este pioneirismo teve início em 1985, quando Paulinho adquiriu a fazenda,
e, de imediato, ingressou na cultura orgânica. ‘Meu pai fundou a Fazenda e
passou para a cultura orgânica. Ele foi o primeiro exportador de café orgânico
do Brasil, exportando em 1990. Ele começou como produtor orgânico em 1985,
através da cultura das minhocas, e, foi destaque em diversas reportagens na
imprensa nacional, como a Revista Globo Rural, por exemplo. A partir da daí,
ele ganhou prêmios na Alemanha. Com isto, eu pude morar na casa do alemão que
importava nosso café, e, vivenciar as vendas do café que ocorriam neste
período’, destacou.
A família Corrêa segue
com a produção de cafés orgânicos e apresenta inovações. ‘Meu pai foi
visionário. Ele conseguiu enxergar que a natureza precisa de um cuidado
especial, e, ele teve este olhar, começando com este trabalho. Até hoje, temos
o Certificado do IBD Certificações (Instituto Botucatu, em SP), que certifica o
café orgânico para exportação no Brasil. Em sua trajetória de vida, ele ensinou
muitas pessoas que queriam começar com este trabalho. Hoje, estamos na segunda
e terceira gerações desta família na produção de orgânicos, e, agora, estamos fazendo,
com Vidas Gerais Café, o café
especial também. Atualmente, faço parte da AMUC (Associação das Mulheres da
Cafeicultura das Matas de Minas e Caparaó), e, junto com minha sobrinha, Ana
Carolina, que criou esta marca, participamos da Associação Internacional das
Mulheres Produtoras de Café. Nossa família trabalha unida para manter esse
projeto iniciado pelo pai em Manhumirim’, mencionou Míriam.
Sobre o momento atual,
ele frisou que ‘percebemos grande adesão dos cafeicultores da região à produção
orgânica, com os impactos ambientais positivos trazidos por ela, o retorno
financeiro, entre outros benefícios, que devem ser observados por quem mora na
região’.
(Thomaz Júnior)
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