A ADESC (Agência de Desenvolvimento do Caparaó), em
parceria com as escolas estaduais, apresentou o Projeto ‘Manhuaçu, uma terra de imigrantes’ à Prefeita Cici Magalhães, em
reunião realizada no Gabinete da Prefeitura. Entre os presentes, o Presidente
da Adesc, André Farrath Jaeger; Coordenadora Pedagógica Joana Darck; representantes
de diversas escolas do município, escritores da Academia Manhuaçuense de Letras,
Dr. Joventino Lopes e Dr. Sebastião Fernandes, empresários e diretores da
Adesc, Moisés Pêsso, Juarez Pena, José Dornelas, João Batista Perígolo e Luis
Rufato.
De acordo com a organização, o evento acontecerá dia
15 de Julho. ‘A Prefeita Cici abraçou o projeto e ofereceu toda estrutura para
a sua realização. Alemanha, Espanha, França, Árabes (Sírios-Libaneses),
Portugal, Suíça, China, Itália e Peru serão estudados e levantados às famílias
que formaram nossa região. Serão apresentados o hino nacional, roupa, comida e
bebida típica, além de músicas regionais de cada nação’ destacou o Presidente
da Adesc, André Farrath.
A proposta do projeto é promover uma busca do conhecimento
cultural e socioeconômico das famílias que formaram a região. ‘No passado, Manhuaçu compreendia também os
municípios de Simonésia, Santa Margarida e Luisburgo, enfim uma área bem maior.
Os imigrantes aqui chegaram, ficaram e desenvolveram o comércio, a cultura e as
artes. A proposta é que cada escola assuma um país e que desenvolva todo o seu
circuito pedagógico, buscando a parte econômica, social e o nome das famílias
que aqui fizeram história. Por
exemplo, citamos a forte presença dos europeus, como ocorreu em Luisburgo, onde
há mais de cinquenta famílias suíças, e alguns franceses que se estenderam até
Pedra Bonita. Em Manhuaçu, temos os italianos, que dominaram a parte de
telefonia; os portugueses com a energia elétrica; os sírios libaneses que
chegaram e desenvolveram a contabilidade, a medicina, e, em seguida, o comércio.
A comunidade sírio-libanesa de Manhuaçu é considerada a terceira maior do
Estado; mencionamos ainda os espanhóis, que se estendem para os lados de
Martins Soares e Durandé, bem como os alemães que tiveram presença marcante em
Alto Jequitibá, além da chegada dos peruanos, bolivianos e chineses. Com este
trabalho nas escolas, reacenderemos a história e a cultura, fortalecendo-as por
meio dos alunos. É nossa proposta buscar as famílias para que elas possam nos conceder
depoimentos sobre o ocorrido no passado. A prefeita foi muito receptiva, abriu
as portas da prefeitura para este projeto e cedeu espaço no centro da cidade
para que este evento aconteça. As próximas reuniões relacionadas ao projeto serão
pedagógicas, para se discutir o tema e o desenvolvimento’, explicou Farrath.
A Coordenadora da EE João Xavier da Costa, Joana
D’Arc de Souza Farrath, relatou que o trabalho envolverá estudantes com idade
entre seis e dezessete anos. ‘Caberá aos
professores desenvolver um projeto interdisciplinar com os alunos, onde eles
conhecerão a história de Manhuaçu e estes imigrantes que tomaram posse de
nossas terras, ajudando na construção da nossa culinária, arquitetura, economia
e vários outros aspectos. Queremos fazer um resgate da história junto aos
nossos educandos, sem deixar que a cultura da nossa região morra, com se fosse
uma árvore sem raiz. Todas as escolas foram convocadas para participar deste
projeto. No Gabinete, houve o sorteio para a definição de quais escolas ficarão
com quais países’, mencionou Joana D’Arc.
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