quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Câmara aprova projeto para compra de terreno do IFET


Preocupados com o prazo para a definição do terreno para a construção do campus do IFET (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia) em Manhuaçu, os vereadores aprovaram o Projeto nº 023/2013, de autoria do Executivo Municipal, que autoriza a doação de área para a construção da instituição de ensino, durante sessão extraordinária realizada na manhã desta segunda-feira, 25. Antes da votação, o Presidente da Câmara, Maurício de Oliveira Júnior, abriu espaço para o pronunciamento dos vereadores a respeito do assunto. Além dos cidadãos e representantes de entidades sociais, também estiveram presentes os Secretários Municipais Eduardo Heringer (Agricultura) e Marcilon Breder (Trabalho e Desenv. Social) e o Ex-vereador Nelci Alves Gomes (Teté). 
Logo no início da reunião, houve minuto de silêncio em memória do estudante Wallace Luiz Teixeira de Souza e do PM Luiz Otávio dos Santos Júnior (29º BPM).

Pronunciamentos

Todos os vereadores manifestaram com ênfase que são favoráveis à instalação do IFET em Manhuaçu.
A Prefeitura encaminhou o Projeto de Lei para a Câmara somente na tarde da última quinta-feira, 21, o que dificultou o trabalho de análise dos vereadores e das respectivas comissões. Em cumprimento ao que determina o Regimento Interno sobre convocação de sessão extraordinária, a Presidência da Câmara marcou esta reunião para hoje.
   Os vereadores lembraram os esforços dos Deputados Federais João Magalhães e Reginaldo Lopes e do Ex-vereador Nelci Alves Gomes (Teté) para assegurar que Manhuaçu fosse uma das seis cidades atendidas no Estado com a implantação do campus.
Vereador Paulo Altino afirmou que é a favor da Educação e sabe da sua importância para o desenvolvimento da sociedade. Ele destacou ainda as iniciativas tomadas pelos familiares dos saudosos ex-prefeitos Eduardo Xavier e Antônio Wellerson, além do empresário Nilton Marques (Niltinho), em oferecer terreno para doação. Paulo Altino elogiou o posicionamento do Presidente Maurício Júnior em relação ao assunto, ao cobrar a necessidade de haver maior diálogo entre a Prefeitura e a Câmara, sobretudo em questões tão importantes como esta.
O Vereador João Gonçalves Linhares Júnior (Inspetor Linhares) ressaltou que apoia a construção do IFET em qualquer parte do município, mas que “a instituição deveria ser construída em terreno doado e não em terreno comprado”.
Os Vereadores Rogério Filgueiras Gomes (Rogerinho) e Fernando Lacerda mencionaram que o IFET deveria ser construído na cidade. “Entendo que o IFET deveria ter sido construído no terreno próximo à Heringer (B. Ponte da Aldeia) porque esta foi a primeira doação. No entanto, o que realmente queríamos queriamos era economia para os cofres públicos”, pontuou Fernando.
Fernando Lacerda lembrou ainda os esforços do ex-vereador Teté, com as diversas viagens à Juiz de Fora, Viçosa, Belo Horizonte e Brasília (DF), com o propósito de consolidar este audacioso projeto para Manhuaçu.
O 1º Secretário da Mesa Diretora, Vereador Eli de Abreu Gomes, cobrou a presença do Prefeito Nailton Heringer na reunião, por considerar a pauta do dia um assunto de extrema importância para a municipalidade.
O 2º Secretário e Líder do Governo, Francisco de Assis Dutra (Chico do Juquinha), juntamente com os Vereadores Juarez Cleres Elói e Aponísia dos Reis mencionaram sua satisfação com a escolha de Realeza para sediar o campus do IFET/Manhuaçu. “Ficamos muito felizes em ter a oportunidade de construir o IFET nesta gestão. Agradecemos à família de José de Abreu pela visão de futuro, possibilitando ao município adquiri-lo naquele local”, relatou Aponísia.
Vereador Jânio Garcia Mendes relatou que “sou favorável ao IFET em Realeza, até porque cresci naquele lugar, conheço as pessoas ali e sei da importância desta instituição para o desenvolvimento dos distritos”.
O Vereador Gilson César da Costa comentou sobre as visitas em terrenos em Vilanova, Realeza e outras localidades para a instalação do IFET, e considerou que o imóvel em Realeza foi a melhor opção. “Agradecemos à família que se dispôs a vender o terreno. [...] O preço dos terrenos em outros pontos do município era exorbitante”, esclareceu.
O Vice-presidente da Câmara, 2º Sgt. Anízio Gonçalves de Souza (Cb. Anízio), ressaltou a importância do IFET para o desenvolvimento regional. “Tivemos uma família iluminada que disponibilizou o terreno para venda em um valor abaixo da que propõe a especulação financeira existente em Manhuaçu. [...] O IFET trará inúmeros benefícios para a nossa sociedade”, afirmou.
O Ex-vereador Nelci Alves Gomes (Teté) agradeceu aos vereadores da atual legislatura. “Agradeço aos membros da Casa pelo reconhecimento. Não houve empenho dos prefeitos anteriores para que o IFET fosse instalado em Manhuaçu. Em Outubro do ano passado, estivemos reunidos com o Prefeito Nailton Heringer e com a reitoria do IFET/Sudeste de Minas para tratar deste assunto. Nailton se mostrou atento para resolver esta situação, e, agora, tomou as providências necessárias para que o instituto seja de fato construído”, elogiou.
Demonstrando grande emoção ao relembrar sua mãe, Teté considera esta definição sobre o IFET uma grande realização e um momento de alegria, representando a validação dos diversos esforços realizados.

Palavra do Presidente

O Presidente Maurício de Oliveira Júnior reafirmou que todos os vereadores são favoráveis ao IFET em Manhuaçu. Maurício parabenizou Teté pelos esforços dispensados e também ao Prefeito Nailton Heringer, pela determinação em resolver esta questão. “É uma reunião histórica. Aprovamos a doação do terreno adquirido em Realeza para a construção do IFET. Na quinta-feira passada, houve debates calorosos sobre este assunto. [...] O que se questionou aqui foi a ausência de diálogo para que pudéssemos votar com maior clareza, segurança e harmonia. Porque aqui em Manhuaçu, sobre pelo menos três terrenos, houve conversa sobre doações. Então, questiono: houve esgotamento da tentativa de doação proposta pelo senhor Nilton Marques (Niltinho)? Ele poderia vender mais algum terreno? E a família Wellerson, que tanto trabalhou pra doar? A família de Eduardo Xavier que também queria doar este terreno? Quanto será gasto em infraestrutura neste terreno em Realeza? Quanto seria gasto em infraestrutura nos terrenos do Niltinho, da família de Eduardo Xavier? São questionamentos que nós não temos respostas. Então, julgo que nós votamos no escuro, isto por falta de diálogo e transparência do Executivo. A população precisa saber que o Projeto de Lei que veio aqui, não nos possibilitou optar se o IFET iria ficar na cidade ou em Realeza. Não travamos este diálogo. Do modo como o Prefeito conduziu o projeto, ou era em Realeza ou perderíamos o IFET. Não a mais tempo de buscar outro terreno. o prazo é fatal. Quando o projeto nos foi enviado na semana passada, sem uma conversa ou esclarecimento, tomei a liberdade de ligar para o Prefeito e perguntei sobre o prazo que teríamos para dialogar, discutir. A resposta foi clara: o prazo está extrapolado. Ou doávamos ou perdíamos o instituto. O IFET vai para Realeza e fica no município. de Manhuaçu. [...] É um grande ganho e todos os vereadores que, compromissados com o bem-estar e desenvolvimento de Manhuaçu, votaram com unanimidade a aprovação desta doação. [...] É lamentável que tomamos conhecimento desta aquisição de terreno em Realeza, por meio do jornal. Este projeto veio aqui como uma fatura liquidada. Com a ausência de diálogo, este projeto se consignou como uma faca no pescoço, ou se aprova ou perde-se; não nos coube uma discussão, não nos coube questionar, não coube aqui trazer clareza a esta situação, é esta a celeuma, o prefeito precisa explicar à população o porquê de se adquirir terreno em Realeza e ignorar as doações em áreas privilegiadas e mais próximas à Manhuaçu”, esclareceu o Presidente Maurício.

Votação

A votação ocorreu após serem dados os pareceres favoráveis das Comissões Legislativas de Orçamento, Finanças e Tomadas de Contas; Direitos Humanos; Obras Públicas; Educação Cultura e Esporte, e de Constituição Redação e Justiça. Todos os vereadores votaram a favor do Projeto de Lei.
(Thomaz Júnior) 








 

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