Com a mais recente edição do Jornal Tribuna do Leste (Ed. nº 1700, Domingo, 11 de Março de 2007) alcancei o índice de 500 edições do semanário que possuem matérias feitas por mim. São quase dez anos! Puxa...Confesso que passou rápido!!
Sobre o momento, acredito que foi uma fase de transição importante. Para se ter uma ideia, Logo que comecei a trabalhar como Repórter da Rádio, me ingressei também na área da mídia impressa.
Fotos
Inicialmente, usava uma câmera fotográfica simples e usada. Mas, em pouco tempo, a empresa adquiriu uma nova máquina digital, totalizando duas câmeras para equipe. Isto foi em 1998, nesta época, podia se contar nos dedos quantas câmeras digitais haviam na cidade. A maioria das pessoas não tinham noção de seu funcionamento e ficavam curiosas: "É verdade que não precisa colocar filme?", "Como é que se revela?", etc.
Fotógrafos profissionais daqui e até mesmo dos grandes centros tinham enorme repelência pelas digitais. Tanto que era normal, em eventos, me encontrar com fotógrafos e estes me fazerem perguntas sobre as câmeras e inevitáveis críticas quanto a qualidade da imagem por elas fornecidas. Nos últimos anos, as câmeras digitais evoluíram muito, em todos os aspectos. Seja no visual, na qualidade da resolução e nos recursos de captura de imagem. Além disto, sua disseminação também se deve à maior facilidade de impressão das fotos já que, atualmente, os laboratórios de "revelação" (tratamento e impressão) de fotos digitais existem em maior número, inclusive em cidades do interior.
Outro fator positivo para a propagação desta nova tecnologia é a alta aceitação e utilização da internet, principalmente dos sites de relacionamento. A interatividade permite a adição de textos, fotos e até mesmo vídeos atualmente.
Hoje, as câmeras profissionais vêm com nova tecnologia. Algumas possuem altíssima resolução digital, garantindo uma imagem em excelente padrão. Outras, mesclam a qualidade proporcionada pelo filme e a versatilidade dos recursos digitais. Com isto, o cenário mudou totalmente, em relação ao que era constatado há dez anos. A aderência destas máquinas tornou-se infinitamente maior e, provavelmente, sua praticidade continuará atraindo até aos gostos mais conservadores.
Gravação de áudio
O popular gravador continua em uso. Pois oferece ótima qualidade de áudio. Mas também nesta área houve mudanças. O processo de edição de áudio tornou-se muito mais agilizado e mais eficiente com o advento dos recursos digitais e da invenção do formato MP3.
Leve, o MP3, permite envio das matérias via e-mail (normalmente, elas ficam do tamanho de uma música, em Megabites). Através de programas profissionais de edição de áudio, pode se fazer um trabalho melhor de edição em comparação ao que era realizado anteriormente com um equipamento de MD (atualmente em desuso).
Comunicação
Neste mesmo período, o celular também popularizou-se. Lembro-me dos primeiros aparelhos que circulavam por aqui. E, isso não faz muito tempo, também foi de dez anos para cá. As pessoas que adquiriam os aparelhos "tijolões" pagavam um alto preço pelo produto e por seu uso (as tarifas eram muito altas). A bateria acabava no mesmo dia, o sinal era ruim (era o sistema analógico) e o aparelho era muito pesado. Mesmo assim, chamava a atenção, pois, era novidade.
No espaço de um ano, a tecnologia dos aparelhos já apresentava sinais de mudança drásticos.
Para o trabalho de reportagem, a utilização do celular favoreceu muito. Muito mesmo!
Antes, usávamos um rádio comunicador, um "Walk Talk" melhorado. Não utiliza impulso telefônico, pois, era transmissão via rádio. Mas não dava qualidade nas transmissões porque chiava muito.
Passamos então a utilizar o aparelho de celular para as chamadas "participações ao vivo" ou "flash", se preferir.
Sua implementação foi positiva. Além de ficar mais fácil o contato de profissionais do estúdio com o repórter em ambiente externo, e, para o repórter facilitou-se o contato com a emissora em eventuais matérias urgentes.
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