segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Universitários visitam indústria de Café em Lajinha

Nova visita de estudos foi organizada pelos acadêmicos de Administração com Habilitação na Gestão do Agronegócio da Facig (Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu), no último dia 21/10. 
Desta vez, os estudantes do 6º período conheceram as instalações da Fazenda Cachoeira Alta, em comunidade rural de Lajinha. No local é o grão é produzido com certificação de padrão internacional, além da comercialização de pó de café de alta qualidade.
Acompanhados pelos Professores Jane Mendonça (Coordenadora do Curso) e Weriton Soroldoni, os acadêmicos foram recebidos pelo Administrador Renê Avelar Bastos que, na oportunidade, explicou como funciona o processo de certificação e as suas vantagens. Duas estudantes do 2º período do curso também participaram desta excursão.

Certificação

De acordo com Renê, a Fazenda Cachoeira Alta possui a certificação há três anos. “A certificação engloba aspectos sociais, ambientais e do agronegócio em si. As partes ecológica e social representam uma preocupação mundial e o consumidor, hoje em dia, está procurando mais os produtos que respeitam a natureza e as leis ambientais, sociais, trabalhistas e tudo mais. A Fazenda Cachoeira Alta consegue, com as certificações, atender a estes consumidores mais exigentes, não só em termos de qualidade mas em todos estes aspectos” comentou Renê.
Na fazenda, são utilizados adubos convencionais mas agrotóxicos não são utilizados. O combate às pragas da lavoura é feito através do controle biológico. Esta nova forma de produzir trouxe vantagens como a questão do respeito ao meio ambiente, além do retorno financeiro bem maior, obtido com a certificação.
Sobre os custos de implantação da certificação, René ressaltou que o retorno é compensatório.  “O custo desta certificação acaba sendo muito pequeno. Pela quantidade de lavouras que nós temos hoje, pela quantidade de café que a gente colhe, o custo desta certificação fica diluído em sacas. O custo maior é o inicial”, destacou.

Exportações

A fazenda planeja exportar o café produzido. Nos últimos dias, contatos foram feitos com uma comissão internacional para provar o café, conhecer a fazenda e todo o sistema, no intuito de fechar o negócio. “Todo ano vem o auditor e faz a re-certificação da fazenda. É preciso fazer algumas adaptações para se facilitar o processo de rastreabilidade. (...) A fazenda é dividida em talhões. Deste modo, é rastreado o que foi feito neste café como por exemplo, qual a porcentagem deu “cereja”, “verde” e “bóia”, para qual tulha ele foi, por qual secador ele passou, quantas vezes ele foi rodado durante o dia no terreiro. (...) O pessoal deve ser registrado, uso de EPIs é obrigatório para qualquer atividade dentro da lavoura. Temos um provador na fazenda para agilizar os procedimentos. (...) Os produtos saem com um selo de certificação que contém uma numeração e indicação de um site na internet. O consumidor acessa o site, digita o número e obtém imediatamente informações sobre todo o processo de fabricação daquele produto que está adquirindo, inclusive dados sobre o local e período de produção. (...) A organização é um dos maiores benefícios que a fazenda adquire ao optar pela certificação. O empreendedor passa a ter um controle bem maior sobre os gastos existentes na fazenda, em termos de produtos e mão-de-obra. Já o benefício financeiro, depende de cada propriedade em procurar os seus clientes”, explicou Renê.
No caso da Fazenda em Lajinha, a qualidade da produção chamou a atenção da empresa multinacional “Starbucks”, que possui rede de lojas em diversos países. O café foi aprovado pelos rigorosos critérios da empresa estrangeira e negociações vêm sendo estudadas. A produção média anual é de 38 sacas p/ hectare.  A fazenda possui 236 hectares e cerca de 01 milhão e 260 mil pés de café plantados. Além do café em grãos, a Fazenda comercializa o “Pó de café especial” e o café “Premier”.
(Thomaz Júnior)

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